Pesquisar

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ator de comercial da Marlboro morre por doença pulmonar
 




Eric Lawson tinha 72 anos; morte que ocorreu em 10 de janeiro só foi divulgada nesta segunda
27 de janeiro de 2014 | 11h 31

Fumante desde os 14, Lawson morreu no dia 10 de janeiro em sua casa, em San Luis Obispo, na Califórnia, de insuficiência respiratória decorrente de uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Segundo sua mulher Susan Lawson, "ele sabia que o cigarro tinha poder sobre ele, mas ele não conseguia parar."

Lawson era ator de pequenos papéis em programas de TV, como Baretta e A Streets of San Francisco, quando foi contratado para aparecer em anúncios da marca Marlboro, de 1978 a 1981.  O ator também participou de 'As Panteras' e Baywatch, mas um acidente no set de filmagem de um filme de faroeste encerrou sua carreira em 1997.



Eric Lawson deixa 6 filhos e 18 netos. Lawson fumava desde os 14, de acordo com o jornal britânico “The Telegraph”. Segundo sua mulher, Susan Lawson, que anunciou a morte neste domingo (26), mesmo após saber da enfermidade, o ator não conseguiu parar com o vício. “Ele sabia que os cigarros tinham um poder sobre ele. Ele sabia, mas não conseguia parar”, disse ela.
A DPOC é mais comum em adultos, principalmente a partir dos 40 anos. Ela causa falta de ar, fadiga muscular e insuficiência respiratória, e é apontada pelo Ministério da Saúde como uma das principais causas de mortalidade no Brasil.
Assim como outros problemas pulmonares, tem forte relação com o tabagismo. Outros fatores de risco são o excesso de poeira, de poluição e de exposição passiva à fumaça do cigarro. 
Outros dois modelos da Marlboro morreram por problemas relacionados ao tabaco. Wayne McLaren, que interpretou o famoso cowboy na década de 70, morreu em 1992 após desenvolver câncer no pulmão, doença que matou também, em 1995, David McLean, que atuou nos anos 60.
Uma caixinha vermelha e branca, batizada com o nome da uma rua de Londres. Um cowboy como garoto propaganda. Assim nasceu uma das maiores marcas do mundo, a Marlboro. 
Um produto nocivo a saúde, que influenciou e viciou milhares de pessoas. No começo um cigarro voltado para o público feminino com slogan “Mild as May”, endossado pela atriz Mae West, assim ganhava força a marca nascida na Great Marlborough Street.
Em 1955 a Marlboro criou uma campanha onde tinha cowboys como garoto propaganda. A idéia deu certo e influenciou muitas pessoas que acreditavam que por atrás daquela fumaça provocada por cada uma das tragadas no cigarro Marlboro, os faziam se sentir como um dos personagens da campanha.
O cowboy foi inspirado na imagem de Clarence Hailey Long que apareceu na revista LIFE em 1949. E em apenas 8 meses de campanha, o cowboy se tornou o mais popular dos personagens dessa campanha, e foi adotado como garoto-propaganda da marca Marlboro.

Nos anos 60 com o slogam “Come to Marlboro Country” a marca se tornou soberana no mercado de tabaco pelo mundo. Nos 1970, a marca se tornou a  a terceira mais popular dos Estados Unidos. Dois anos depois, a marca se tornou a mais vendida do mundo.
Assim nos anos seguintes tornando-se a mais valiosa e conhecida marca de cigarro do planeta. Atualmente é a marca de cigarros líder do mundo, com quase o triplo em vendas que os concorrentes mais próximos.



O brilhantismo da campanha foi tanto que o cigarro Marlboro se tornou um ícone do mundo masculino. Em 1995, o homem que interpretava o personagem “Marlboro Man”, morreu aos 51 anos de câncer no pulmão.

Wayne Mclaren teria o mesmo fim, levando organizações não-governamentais de combate ao fumo a criar campanhas usando a mesma imagem do cowboyi para falar dos riscos do cigarro.
A empresa temendo que a associação à imagem do cowboy, que havia morrido de câncer pudesse prejudicar as vendas, deixou de lado o famoso slogan “Terra de Marlboro” e passou a focar mais suas ações no esporte, onde ganhava grande visibilidade.
Só que as restrições às propagandas de cigarros, levou gradativamente a marca Marlboro a se refugiar apenas no automobilismo F1. Uma vez que o setor de saúde começou a condenar a associação do tabaco à esportes de esforço físico.
Essa associação com o esporte teve início em 1972 na Formula 1. Depois, em 1978, patrocinou a Mclaren (o patrocínio durou até 1996). Em 1986 a escuderia Penske; e em meados da década de 80 passou a fazer forte parceria com a Ferrari.
E se muitos apostavam que a marca perderia espaço, cometeram um enorme engano, a marca sobreviveu a todas as crises, se posicionando com rapidez e fazendo uso de novas ferramentas de marketing, como o viral, para se manter na crista da onda.