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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014


Do Almanaque Gaúcho, do Ricardo Chaves, na Zero Hora.

Biquíni, 50 anos?

                               
Foto: Roni Paganella, banco de dados, 30/01/1972

As duas peças mais inquietantes da temporada de praia devem estar completando 50 anos de graciosa atividade à beira de alguma porção de água no Rio Grande. Na verdade, não há informação exata sobre o momento em que a pioneira moça ousou aparecer com sumário biquíni em alguma areia do Rio Mampituba, em Torres, até onde a Barra do Chuí vira Barra do Chuy. Já existia desde 1946 como criação industrial e seu criador, o francês Louis Reard, considerado herói aos olhos do público masculino, chegou a vender os primeiros exemplares embalados em caixas de fósforo (devia ser a das grandes) contendo não mais não menos do que 70 centímetros de tecido.


O recato dos modelos de 1967. Foto: Banco de dados  
 
As duas peças pioneiras nas praias gaúchas. Foto: banco de dados, 1967.


 Mas foi em meados dos anos 1960 que a moda pegou, embora ainda em tamanhos gigantescos comparado ao que surgiu logo depois, na metade dos 1970. O modelo bem comportado deu lugar à tanga, e a atriz Leila Diniz abonava o novo comportamento nacional ao ser eleita musa do verão carioca andando de biquíni em plena gravidez. Já não era mais o estilo Úrsula Andrews no filme 007 Contra o Satânico Dr. No.



Nos anos 80 surgem os sumários. Foto: Paulo Dias, banco de dados, 04/01/1984

A diversidade apareceu depois, como o asa-delta, e os anos 1980 entraram com uma drástica redução de tamanho. O fio-dental chegou a ser proibido por prefeitos. Hoje já nem existe a ousadia de 30 anos atrás, embora os biquínis segurem a graça da praia.


A febre dos asa-delta. Foto: Paulo Dias, banco de dados, 11/01/1985