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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Rede Mundial prestigia e oferece uma contratação digna para os deficientes

De Luiz Carlos Lourenço
Foto: Reprodução da Internet

A mais recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) mostra que 81% das empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a lei. No varejo, uma das empresas que foge a essa regra e vem apresentando bons resultados é a rede carioca de supermercados Mundial.

No próximo dia 23, segunda-feira,na Universidade Univéritas, localizada na rua Marques de Abrantes, 55, no Flamengo, vai acontecer mais um encontro de confraternização dos deficientes contratadas pela Rede de Supermercados Mundial. No auditório, a partir das 12 horas, as dezenas de funcionários com deficiência se reunirão no auditório, em festa com direito a muita música, acompanhada de comes e bebes, num  evento que se estenderá até as 17 h.

Já em 2002, a empresa desenvolveu um projeto piloto com 10 pessoas com deficiência intelectual em algumas lojas, o que mostrou que era sim possível trabalhar com esses profissionais. "A empresa já tinha uma cultura de cidadania e responsabilidade social, mas não havia uma política instituída", comenta Laura Negro de La Pisa, coordenadora de projetos sociais da rede. Em 2004 o piloto foi ampliado para 60 pessoas, depois para 180, e hoje mais de 400 funcionários da rede fazem parte do programa (alguns dos quais desde o piloto, 13 anos atrás). "Por lei, 5% dos colaboradores deveriam ser pessoas com necessidades especiais. Acreditamos neles e sempre estamos acima da cota", diz Laura.

As principais deficiências são intelectuais, físicas e auditivas. O projeto, chamado Somos Todos Iguais, tem o objetivo de incentivar esses profissionais a desenvolver metas, resultados e possibilidades de crescimento na carreira dentro da empresa. "Nossa preocupação sempre foi fazer um trabalho que merecesse o respeito das pessoas, de suas famílias e da sociedade como um todo", comenta a coordenadora. Segundo ela, o trabalho vai muito além de dar um uniforme e colocar para trabalhar. "Nossa preocupação é qualificar as pessoas e, por isso, alfabetizamos alguns, fizemos convênios com a Secretaria da Educação, demos cursos de Libras para que os outros colaboradores pudessem falar com os deficientes auditivos. Isso dá trabalho, exige amor e dedicação", afirma Laura.

O grupo de colaboradores com necessidades especiais tem servido de exemplo dentro e fora da empresa. "São profissionais competentes, dedicados, que raramente faltam ou chegam atrasados e têm um turnover baixíssimo", comenta a coordenadora. "Eles são exemplos de cidadania, solidariedade e dedicação e sedimentam nosso projeto de inclusão social. É muito gratificante", completa.