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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


O LANÇAMENTO DO ANO: “1973”: livro traça panorama
de um dos períodos mais singulares da música nacional



Com o fim da era dos festivais da canção (1965-1972), a música popular brasileira já não estava mais presa à Bossa Nova, à Jovem Guarda, ao Tropicalismo, ou a qualquer movimento estético. E é exatamente nesse instante que a MPB floresce com todas as suas possibilidades. Reinventa o próprio cenário. Esse é o ponto de partida do livro “1973 – O ano que reinventou a MPB”, organizado pelo jornalista Célio Albuquerque e editado pela Sonora Editora, e que será lançado no Rio, no próximo dia 23 de janeiro (quinta); e em São Paulo, no dia 4 de fevereiro (terça).
O livro reúne alguns dos principais discos lançados naquele ano (cerca de 50), resenhados por nomes de destaque da crônica musical brasileira. Antônio Carlos Miguel, Silvio Essinger, Pedro Só, Beto Feitosa, André Cananéa, José Teles, Rildo Hora, Tavito, Sérgio Natureza, Regina Zappa, Roberto Muggiati, Moacyr Luz, Renato Vieira, e Ricardo Schott estão entre os autores que discorrem, por vezes em tom mais intimista, sobre os discos que marcaram o período.
Marcelo Fróes, editor da Sonora, também participa com um texto sobre os LPs que “quase” saíram em 1973 e ficaram para depois. “O distanciamento sempre  é importante para se avaliar períodos históricos, mas quem estava lá certamente percebeu que 1973 foi um ano especial. Nenhum outro foi tão produtivo, nem 1972 e nem 1974, e muito menos 1983, 1993, 2003... ou 2013!”, sintetiza.
O ano de 1973 foi singular para a MPB. Quem poderia imaginar, por exemplo, que o país inteiro iria rebolar ao som do “Vira”, embalado por um grupo de músicos seminus, cujo principal vocalista tinha voz feminina e se contorcia no palco feito uma cobra? Nesta mesma época, em plena ditadura, Odair José fez sucesso cantando a pílula anticoncepcional; Elton Medeiros, Raul Seixas, Fagner, Walter Franco, Gonzaguinha, Francis Hime, Sérgio Sampaio, João Bosco, Lula Côrtes, Lailson, e Marconi Notaro lançaram seus LPs de estreia. Caetano nos brindou com seu experimental “Araçá Azul” e o pianista/arranjador/compositor Eumir Deodato consagrou-se como um dos maiores vendedores de discos no mundo, com sua versão para “Zaratrusta”, de Strauss.
“1973 – O ano que reinventou a MPB” é um panorama completo — com fatos, relatos, depoimentos e registros — de um momento de grande efervescência no mercado fonográfico brasileiro, e que se tornou um marco na memória da nossa música. A reinvenção do Brasil musical, sem fronteiras, sem movimentos, começa ali em 1973.
O lançamento do livro no Rio de Janeiro será nesta quinta-feira, dia 23,  a partir das 19 h,  na: Livraria da Travessa – Shopping Leblon  Av. Afrânio de Melo, 290 – 2º andar. Em São Paulo, o lançamento está marcado para o dia  4 de fevereiro de 2014 (terça-feira) a partir r das  18h 30minm na
Livraria Cultura – Conjunto Nacional, na Av. Paulista, 2073 – térreo.