Pesquisar

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

SEU GERALDO

Bruno Alencastro

Ao longo dos 500 quilômetros do Rio Doce afetados pela lama entre Minas Gerais e Espírito Santo, poucas pessoas são capazes de dar um testemunho mais pessoal sobre o manancial devastado pela tragédia ambiental do que o agricultor Geraldo Ferreira da Cruz, 60 anos.

Ele vive há 29 anos em uma ilha banhada pelo Rio Doce, no município homônimo, a cerca de cem quilômetros de onde rompeu a barragem do Fundão. No fatídico dia, esperou por mais de 10 horas pelo resgate e teve que ser socorrido de helicóptero.

Obrigado a abandonar suas terras com medo de uma nova avalanche de lama, Geraldo retorna apenas para alimentar seus animais – uma égua, três gados, 10 cachorros e alguns gatos. Espera até hoje por algum tipo de assistência da empresa responsável pela barragem e calcula que aproximadamente 25% de suas terras – dedicadas essencialmente ao plantio de abacaxi – foram destruídas, cobertas pela lama.


Por Bruno Alencastro
Fotos de Bruno Alencastro.


Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro

Bruno Alencastro