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quinta-feira, 10 de março de 2016

Sete anos do restaurante ‘Na Cozinha’


Vi o Na Cozinha nascer, na rua Hadoock Lobo, em São Paulo, pelas mãos do amigo Carlos Ribeiro, chef, professor e agitador cultural. Na inauguração, estava eu na calçada com baianas distribuindo acarajés, uma festa linda que se repetiu ano após ano. Depois, lancei meu primeiro romance, Jazz band na sala da gente, nas dependências da sua escola, que fica no andar superior do restaurante. Acho que não é preciso dizer o carinho que tenho pelo Carlos. Ele tem a palavra:
Qual balanço faz de todos estes anos a frente do Na cozinha? Foram sete anos de aprendizado e muita luta, de muitas mudanças no País. Nós fomos aprendendo com tudo isso, aprendendo que devemos mudar e não repetir os mesmos erros da rotina de um restaurante. Minha sócia e irmã, Flávia, cuida como ninguém dos processos administrativos. Aprendermos que temos que selecionar bem, desde os ingredientes, enfim, tudo para que haja progresso no negócio. Cada coisa que entra na casa tem um custo e é calculado milimetricamente pela Flávia. Isso nos garante muitas vezes segurar os preços de nossos pratos. Esse aprendizado irá nos acompanhar pelo resto de nossas vidas. Inclusive em termos econômicos de nossas vidas pessoais. Um restaurante exige trabalho 24 horas por dia. Dizem que, ao completar sete anos, a coisa melhora e a casa começa a andar pelas próprias pernas. Contamos com  isso…





Quais foram os grandes aprendizados nestes anos todos? Passamos por muitas coisas boas, como a escola, que cresceu bastante. Há também nossas parcerias com fornecedores. Há o apoio que damos à entidades sociais como o Tucca, que cuida de crianças com câncer; Chefs Especiais, Projeto Buscapé, Sukiyaki do bem, Asso Travessia. Até o segundo semestre, estaremos com um grupo de pessoas que ficarão conosco no período da tarde, fazendo aulas por seis meses. Nosso piloto terá 12 alunos. Os candidatos terão aulas de técnicas de cozinha para ingressar no mercado, ou mesmo ter seu próprio negócio, seja formal, ou informal. O local será aqui mesmo, nas dependências da escola. Teremos alguns chefs convidados, que irão colaborar ao longo do curso.


Quais pratos estão no cardápio desde o começo? Vários! Baião do mar, moqueca baiana e tradicional, bolinho arroz, bobó frito de camarão, bolinho de feijoada, pudim de café, churros, rabanada. O picadinho também. É um prato que ganhou vários prêmios.

E a escola, poderia falar deste projeto? É minha paixão! Adoro dar aulas. Meus alunos são a razão do meu viver. Temos uma turma que começa agora em março e ainda há algumas vagas. As aulas são 100% praticas e oito alunos por turma.

Quais novidades vem por aí? Vamos ter a Escola Solidária de Cozinha, como já disse. Começamos com alguns de nossos pratos congelados, que os clientes poderão levar para casa. E estamos quase fechando contrato para serviço de delivery.

Reprodução do site Tudo al Dente
Fotos de divulgação e arquivo pessoal(facebook)