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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

MORRE UMA IRMÃ, ALBENIZA GARCIA....
MORRE UMA MULHER GUERREIRA!!





Luiz Carlos Lourenço
foto de Antônio Carlos

Eu costumava chamá-la de mulher biônica, brincando...

Morreu na manhã desta quinta-feira a jornalista ALBENIZA GARCIA DACHEUX, primeira mulher a cobrir reportagens de polícia no Brasil, aos 84 anos, de insuficiência respiratória e broncoaspiração. A repórter trabalhou em redações por mais de 50 anos e se consolidou como referência para gerações de jornalistas da imprensa carioca. 
Albeniza era determinada ao ponto de, aos 18 anos, procurar Roberto Marinho em busca de emprego na editoria de polícia do Globo, de acordo com relato no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O patrão teria achado a jovem franzina de um metro e meio de altura mais apropriada para a cobertura de ‘chás-dançantes ou desfiles de moda’, mas ela foi enfática em dizer que queria a vaga na Reportagem de Polícia, chamada de Repol pelos coleguinhas jornalistas.
Albeniza serviu de modelo, anos atrás, a um personagem vivido pela atriz Lidia Brondi numa novela global, vivendo uma destemida repórter.
Albeniza ganhou prêmios importantes como o de Direitos Humanos da Sociedade Interamericana de Imprensa, em 1995, pela série de reportagens ‘A infância perdida’, e o Esso, em 1997, por Infância a serviço do crime’. Ela deixa três filhos e quatro netos. 
Por várias vezes, fui visitá-la em seu apartamento nas rua do Matoso, próximo à sede da Medalha Milagrosa. Irmã Zoé, uma famosa filha da caridade de São Vicente de Paulo, adorava o trabalho social desenvolvido por Albeniza entre os mais necessitados. 

A foto abaixo, dos meus arquivos, registra um momento especial de sua carreira em que foi homenageada pelas crianças da Legião da Boa Vontade, no Centro Educacional José de Paiva Netto, em Del Castilho.