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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Aplaudida de pé, mesmo após uma queda no palco, Gottsha foi ontem reverenciada em delírio no Net Rio

De Luiz Carlos Lourenço

Fotos de Daniel Marques e Kicko Ribeiro

“Divina”, “Maravilhosa”, “Bravo”, “Absoluta”, “Canta Muito” e “Poderosa” foram alguns dos gritos e elogios de maior destaque ouvidas na noite de ontem, no show “Discotheque”, no Theatro Net Rio, onde a atriz e cantora GOTTSHA interpretou clássicos da discoteca  dos anos 70, como “Dancin’queen”, “I love the night life" e “I will survive".

Com o teatro completamente lotado e reunindo jovens e idosos de todas as gerações, Gottsha, ainda voltou à cena para cantar duas músicas no Bis, acompanhada das crianças que participaram ao seu lado do musical “A Noviça Rebelde”. Ao final do espetáculo, a artista foi também surpreendida por um afago do barmen Alexandre Ferreira, o Alex, do Ipanema 159, que preparou e entregou a ela o drink que leva o seu nome no conhecido bar e restaurante, um dos novos polos culturais da zona sul carioca. Alex estava acompanhado do proprietário da casa, Antonio Militão. que assistia pela primeira vez a uma apresentação da cantora e a aplaudiu com entusiasmo.

Sandra Maria Braga Gottlieb, uma libriana de 4 de outubro (como Adriana Calcanhotto...), está cantando cada vez mais segura e com total domínio de palco, se destacando principalmente por sua versatilidade. Ela queria ser jornalista, mas sua vocação era ser notícia como artista. Gottsha chegou mesmo a receber o honroso título no universo gay abafando como “Musa”, anos atrás, como “Rainha Gay”. E há pouco mais de 20 anos, ela ocupa as manchetes do show business como Gottsha.

Atriz e cantora de múltiplas habilidades, já foi destaque de espetáculos infantis, fez novelas e acabou se firmando como uma cintilante estrela de musicais made in Brazil, com dezenas de espetáculos no currículo (como “Beatles num céu de diamantes”, “7, o musical”, “Xanadu” e “Como vencer na vida sem fazer força”).

No meio do espetáculo de ontem, Gottsha escorregou e caiu com violência no chão do teatro, mas fez do acidente uma piada:

-Se Madonna, Beyoncée e Anita podem, porque eu não posso cair? Felizmente nada aconteceu de mais porque tenho um recheio um pouco melhor, referindo-se à sua silhueta. Mas isto não me impede de exercer minhas atividades como bailarina, brincou.

Empolgação
Entre as dezenas de fãs e admiradores de Gottsha, na plateia lotada da noite passada, destacavam-se a atriz Totia Meirelles, Conceição Nery, o ex-ministro da Cultura e recém eleito deputado federal , Marcelo Calero,  e os empresários Marcos Montenegro e Raman, Bete Suzano, José Antonio Paz Monteiro, Marcelo Souza, Vera Calil, Sevy Lima, Regina Fritsh, Suzana Galiardi, o cantor Márcio Gomes, Vitoria Virtus, José Antonio, Ellen de Lima, Luciene Franco e muitos outros artistas e jornalistas que são fãs da artista.

Com muita empolgação e mesmo nos tempos de incerteza política que o Brasil está vivendo, GOTTSHA conseguiu nos fazer voltar ao passado com otimismo, alegria e muita esperança. Com ela, é impossível não guardar com certa nostalgia a febre das discotecas em fins dos anos 70 e início da década de 80. Uma época em que o estilo hippie é deixado para trás, surgindo toda um novo comportamento e estética com cores vibrantes, excesso de brilho, botas prateadas com salto plataforma, meiões listrados, saia evasê e cabelo Black Power. Tudo isso imortalizado nas telas de cinema com John Travolta em “Os Embalos de Sábado à Noite” e Donna Summer soltando o vozeirão em “Até que Enfim é Sexta-Feira”. Enquanto aqui no Brasil “Dancin’Days” tomava conta dos lares brasileiros e as noites de Copacabana, Leblon e Ipanema ferviam ao som de Bee Gees, Gloria Gaynor e Abba.

Gottsha recorda com sua voz maravilhosa todos estes inesquecíveis momentos de uma geração que fazia naquela época a transição da infância para a adolescência.

Há alguns meses  atrás, Gottsha já havia levado aos palcos o excelente “Movie Stars”, onde juntamente com Alessandra Verney apresentaram as mais belas canções do cinema. Agora Gottsha mergulhou nesse universo das discotecas para levar ao Teatro Net Rio, espetáculo que ela espera repetir até o próximo mês de março.

Com uma maravilhosa banda de quatro músicos e um repertório irrepreensível, GOTTSHA conseguiu, mais uma vez, com sua indiscutível potência vocal indiscutível, a medida certa para enlouquecer o público com clássicos como “Dancing Queen”, “Last Dancing”, “I Will Survive”, “More Than a Woman”, “My Cherie Amour”, “Zodiacs”, “Love’s Theme”(em versão instrumental pela banda, durante a troca de roupas),“Ben”, “Goodbye Yellow Brick Road”, “Could it be Magic”, “Don’t Leave me This Way”, entre outros grandes sucessos.

Esse repertório combinado com a presença de palco e carisma ímpar de Gottsha acabaram m por fazer de “Discotheque” um espetáculo encantador, sem truques, onde se pode matar saudades de uma época inesquecível de nossas vidas.

— Se tivesse acúmulo de milhagens para palco, acho que eu já teria dado uma volta ao mundo — brinca ela. O palco foi o lugar onde eu mais estive nessas duas décadas de carreira, e é natural que seja nele que eu queira celebrar estes mais de 20 anos com um público tão maravilhoso.

Após o sucesso do espetáculo da noite de ontem, trocando o figurino de cena por um traje mais leve e prendendo os cabelos num coque, GOTTSHA atendeu no foyeur do Theatro Net Rio com toda a paciência do mundo às centenas de pedidos de fotos e autógrafos dos amigos e fãs que a cercaram, indo depois confraternizar nos salões do La Fiorentina, no Leme.

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