No dia 21 de novembro, às 20h, a Escola de Artes Visuais (EAV) vai promover a Noite Beneficente 2018, no palacete do Parque Lage, pelo segundo ano consecutivo. Os recursos obtidos serão revertidos para a realização de programas públicos (com exposições, debates e seminários),para a manutenção e melhoria de equipamentos essenciais nas salas de aula, e na viabilização de bolsas de estudo destinadas a artistas iniciantes e estudantes de baixa renda.
Vale ressaltar que a oitava edição da ArtRio, em setembro, teve como artista revelação o baiano AntonioTarsis, um dos alunos contemplados pelo programa público da EAV deste ano.Tarsis é bolsista da residência “Qualquer direção fora do centro” (em curso no Parque Lage até dezembro), financiada através da Noite Beneficente de 2017.
A grande atração do evento - que tem ingressos à venda a R$ 1.500 por pessoa - será o show de Ney Matogrosso, com abertura da cantora Ilessi e encerramento com os DJs Doni e Marcelinho da Lua. Ney voltará ao Parque Lage depois de ter feito uma apresentação histórica na noite de encerramento da exposição Queermuseu, em setembro deste ano.
A gastronomia ficará a cargo do conceituado chef Pedro de Artagão, que comanda o Grupo Irajá. O palacete terá decoração de Eugênia Guerrera, em tons de preto, cinza e bege, com poucas flores e muitas folhagens. O projeto de iluminação pretende valorizar a arquitetura e o salão nobre terá mesas de oito lugares. As galerias em torno da piscina devem receber pufes e banquetas, em lounges para o público descontrair.
Durante o evento, além de serem compartilhadas as conquistas e realizações do ano vigente, o diretor da EAV, Fabio Szwarcwald, apresentará os planos para 2019. A Noite Beneficente é uma oportunidade de apoiar a história única desta “escola livre”, criada há mais de quarenta anos e prestigiada no Brasil e no exterior.
Na mesma noite, a EAV fez homenagem ao artista Marcos Bonisson
Na Noite Beneficente, será inaugurada uma mostra de fotografias de Marcos Bonisson, ex-aluno e atual professor da Escola de Artes Visuais.A série “Sem título”, de 1978, é resultado de experimentações de Bonisson, enquanto ainda era aluno do Parque Lage, convocando a radicalidade e a experimentação do cotidiano da escola livre.
Ao usar uma tela de projeção de cinema como superfície, o artista convoca uma tensão erótica, de corpos que se revelam a partir da fricção com esta membrana. Expostas na Primeira Trienal de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo, estas imagens foram capturadas há 40 anos, durante a gestão do fundador da escola, Rubens Gerchman.
Além das imagens desta série, o convite conta com duas imagens da série Arpoador, realizada pelo artista desde 1998 no canto rochoso da praia de Ipanema. Nas palavras do crítico Paulo Herkenhoff, a obra fotográfica de Marcos Bonisson é geografia, “o Arpoador de areia, sol, pedra e mar”.
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