SINOPSE
Uma história surpreendente e inspiradora: a menina que estudou apenas dois anos do primário virou uma grande escritora publicada em todo mundo. Carolina foi catadora de papel e escreveu toda sua obra em papéis que encontrava no lixo. Reciclando materiais reciclou a sua própria trajetória e a si mesma.
A encenação segue o fluxo de memória de Carolina, refazendo sua trajetória da infância miserável em Sacramento no interior de Minas, quando a chamavam de Bitita, até o lançamento do seu primeiro livro - com enorme sucesso.
Em cena, Carolina cata papel nas ruas de São Paulo para sustentar a família. As coisas encontradas lembram os acontecimentos marcantes de sua vida. Ela vai “bititando”, desenhando o espaço, dando alma. Tudo ganha corpo, presença: a alfabetização, o primeiro contato com os livros, os sonhos da meninice, as festas populares, a enfermidade que a obrigou a mendigar, a prisão injusta, a religiosidade, o trabalho na roça, os laços afetivos, a mãe lavadeira, o pai ausente, o avô descendente de escravos, as madrinhas, os meninos que zombavam dela... Personagens de uma história fantástica de superação, inesperada e comovente.
SOBRE CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, Minas Gerais, em 1914. Teve uma infância miserável. Foi doméstica e lavradora, sempre explorada. Adoentada, virou andarilha e foi obrigada a mendigar. Estudou apenas dois anos do primário, nesse tempo aprendeu a ler e se apaixonou pelos livros. Foi presa e espancada porque lia um dicionário, pensaram que era livro de bruxa.
Adulta, foi morar no Canindé, uma das primeiras favelas de São Paulo, onde construiu seu próprio barraco. Muitas vezes teve que comer lixo para enfrentar a fome. Nunca se casou e sustentou os três filhos sozinha catando papel nas ruas. Nos anos 50, começou a escrever em cadernos que encontrava no lixo e conseguiu o improvável: se tornar uma grande escritora reconhecida mundialmente.
O jornalista Audálio Dantas foi fazer uma matéria na favela e descobriu Carolina. Seu primeiro livro “Quarto de Despejo” foi editado em 1960, com enorme sucesso. A primeira edição bateu recorde de vendas no Brasil, foi traduzida para 16 idiomas em mais de 40 países.
Com a linguagem dos despossuídos, ela fez de sua obra um meio de denúncia sociopolítica, trazendo o testemunho de sua vida e fazendo deste um libelo contra a opressão, um manifesto contra a intolerância e qualquer forma de discriminação e preconceito de raça e gênero.
Mas o interesse por aquela figura exótica – a negra favelada semianalfabeta que escrevia livros – durou pouco. O mercado editorial queria rotular Carolina e publicar apenas diários da favela, mas ela recusou esse papel, queria escrever outras coisas e publicou poesia e romance, às vezes com recursos próprios, que pouca gente leu. Também gravou um disco cantando músicas de sua autoria.
Carolina faleceu em 1977. Na época ela morava numa casa de alvenaria fora do Canindé. Antes de morrer Carolina entregou o manuscrito de Diário de Bitita para jornalistas franceses. O livro foi publicado na França depois de sua morte e muito tempo depois no Brasil.
Hoje sua obra é estudada e referenciada mundo afora e deu origem a centenas de teses acadêmicas, sites, documentários, especiais de TV, HQ, exposições, blocos de carnaval e peças teatrais. Carolina virou nome de rua, assim como creches, escolas e museus em todo país.
Carolina foi incluída na Antologia de Escritoras Negras de Nova York, no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis de Lisboa e no livro “Extraordinárias Mulheres que Revolucionaram o Brasil”, que escolheu, dentre todas as brasileiras, 44 mulheres que impactaram a nossa história. E seu livro “Quarto de Despejo” foi o sétimo mais vendido no site Estante Virtual, no ano de 2017 e foi incluído na lista de leitura obrigatória nos vestibulares da UFRGS e UNICAMP.
TRAJETÓRIA DO ESPETÁCULO
Estreia nacional em novembro de 2015, no Teatro Municipal de Uberlândia, com enorme sucesso. O espaço com 750 lugares lotou em todas as sessões. Apoio da Prefeitura Municipal, patrocínio do Instituto Algar e parcerias com as ONGs Sinhá Recicla e Mulheres de Ébano. Foram promovidos debates e oficinas.
- Apresentações/debates no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, São Paulo, em março de 2016. Bateu o recorde de ocupação do espaço;
- Participação com peça e debate no 5º Salão do Livro de Guarulhos, em maio de 2016;
- Apresentação no 2º Festival Midrash de Teatro, no Rio de Janeiro, em julho de 2016. Foi recorde de público do espaço para dia/horário;
- Temporada de 01 mês no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, em setembro de 2017;
- Temporada de 01 mês na Sala Baden Powell, em Copacabana, no Rio de Janeiro, em novembro e dezembro de 2017;
- Temporada de 01 mês no Teatro Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, em abril e maio de 2018;
- 02 apresentações na FLIPELÔ - Festa Literária Internacional do Pelourinho –- no Museu Eugênio Teixeira Leal, em Salvador, em agosto de 2018;
- Apresentação no encerramento da FLIT – Festa Literária de Itaperuna - no Teatro Firjan SESI, em setembro de 2018.
FICHA TÉCNICA
Atuação: Andréia Ribeiro
Adaptação do texto e direção: Ramon Botelho
Realização: Casa Forte Produções Culturais e Esportivas e Rotunda e Bambolina Produções Artísticas
Produção Executiva: Andréia Ribeiro, Gabriela Buono Calainho e Ramon Botelho
Administração de Produção: Thamires Trianon
Adaptação do texto, direção artística e cenário: Ramon Botelho
Interpretação: Andréia Ribeiro
Assistente de Direção e contribuição textual: Gabriela Buono Calainho
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha Original: Marco Lyrio
Figurinos: Wagner Louza
Programação visual: Rafael Paschoal
Suporte de produção: Mario Cezar Ribeiro Soares
Suporte de áudio: Toty Colonna
Costureira: Railda Lima
Adereços: Sinhá Recicla (ONG Uberlândia/ MG)
Visagismo: Sidnei Oliveira
Fotografia: Dalton Valério
Cenotécnico: Rostand Albuquerque (Galpão 6centos)
Operador de luz: Gabriel Gomes
Operador de som: Salomão Waisman
Contrarregra: Thiago Gouveia
Assessoria de Imprensa: Maria Fernanda Gurgel (21) 2549-5372 ou 99999-9263
SERVIÇO
Peça Teatral: “Carolina Maria de Jesus, Diário de Bitita”
Local: Teatro da UFF
Endereço: Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro
Telefones: (21) 3674-7512 e (21) 3674-7511
Ingressos na Bilheteria: Todos os dias, de 14 às 21h
Data: De 12 Até 21/10/2018
Horário: Sextas E Sábados Às 20 H E Domingo Às 19 H
Ingressos: R$40,00 (Inteira) E R$20,00 (Meia-Entrada Para Maiores De 60 Anos, Professores E Servidores Da UFF e Estudantes)
Capacidade: 344 Lugares
Estacionamento: Não Tem
Faixa Etária: 14 Anos
Gênero: Drama
Duração Do Espetáculo: 1 hora
Fotos: Nilse Martins