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sábado, 15 de setembro de 2018

Na Livraria Argumento, cercado de amigos, Aloysio Reis lança o seu primeiro livro

De Luiz Carlos Lourenço 

Fotos de Fábio Ribeiro 

O jornalista Aloysio Reis, de 64 anos, lançou na noite de ontem, autografando por mais de três horas, o seu primeiro livro “Rio Vermelho e outros relatos improváveis” da Editora Autografia, A concorrida noite de lançamento reuniu dezenas de artistas, jornalistas e amigos do escritor e produtor musical, na Livraria Argumento do Leblon, no Rio. Estavam lá, entre muitos notáveis, Erasmo Carlos, Antonio Cìcero, Byafra, Celso Fonseca e Miguel Plopschi, ex integrante da lendária banda The Fevers.

Na oportunidade, através do assessor de imprensa da LBV, Luiz Carlos Lourenço, o autor encaminhou um livro autografado ao Diretor Presidente da Legião da Boa Vontade, jornalista José de Paiva Netto, com a seguinte mensagem: “Ao querido José de Paiva Netto, um forte abraço do Aloysio Reis”.

A obra lançada ontem mistura passagens autobiográficas com histórias sobrenaturais. São cinco contos narrados bem ao estilo do autor: texto coeso, sem firulas nem excessos, que unem o romance policial ao realismo fantástico. Aloysio, diretor-geral da editora Sony/ATV, apresenta personagens reais e fictícios em histórias que prendem o leitor.

“Rio Vermelho” é ambientado entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, nos meses seguintes à abolição da escravatura. Aloysio descreve a saga do coronel Custódio Sotero de Souza e Mello, dono de um latifúndio baseado nas culturas do café e do açúcar, fazendeiro que comanda seus “funcionários” a ferro e fogo. 

“A escravatura é apenas a base de um sistema econômico que nunca me seduziu. Para que um homem possa se dizer dono de outros seres humanos é preciso muito mais do que dinheiro para comprá-los num mercado de escravos. O líder precisa ser mais importante para o seu servidor do que o oxigênio ou o sangue que circula em suas veias”. Estamos em 1889, meses depois da Abolição da Escravatura e meses antes da Proclamação da República.

Entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, o Coronel Custódio Sotero de Souza e Mello comanda a Fazenda Rio Vermelho, um latifúndio próspero baseado nas culturas do café e do açúcar, mantendo o poder sobre seus “funcionários” através de uma nova maneira de escravizar. Por trás de seus métodos modernos de dominação, está a misteriosa aliança com Itonde, uma temida e milenar entidade espiritual que habita uma clareira perdida às margens do Rio Pomba, comandando um exército de índios rebeldes miscigenados com negros fugitivos. “Se o senhor for ali na entrada da oca vai ver que meu corpo morto e sem coração já foi colocado sobre a fogueira. Quando os guerreiros acenderem aqueles troncos e gravetos Itonde vai passar a viver no corpo humano do Padre Prisciliano. O senhor devorou meu coração e agora é inevitável que receba dentro do seu corpo o espírito de Itonde”.