Uma fábula contemporânea, para todas as crianças, que faz uma viagem da origem do cão até a parceria com o seu melhor amigo, o homem, reestreia dia 05 de maio no Teatro Ziembinski
Fotos: Renato Mangolin
“O Cão Que Sonhava Lobos” trata-se de uma narrativa feita por um cão que carrega dentro de si as contradições do instinto selvagem herdado de seu antepassado, o lobo, e a domesticação adquirida como ferramenta para sobreviver. A peça desenrola-se em forma de “causo” e apresenta um vigoroso trabalho corporal, cantigas e instrumentos de percussão artesanais.
“(...) achamos mais do que justo e oportuno homenagear o cão, um animal que se tornou praticamente uma extensão da família, ao mesmo tempo em que tentamos alertar para algumas injustiças e violências que lhe são imputadas. Valemo-nos também desse animal, sempre associado à generosidade, à fidelidade, à justiça, entre outros atributos positivos, para ressaltar a necessidade de resgatar essas qualidades em um momento em que elas nos parecem pouco efetivas nas relações humanas.”, conta Samir Murad, ator e autor do texto.
A Montagem
Samir Murad é ator, autor, diretor, dublador e professor da faculdade CAL de Artes Cênicas. É formado pela UNI-Rio como ator e professor, com pós-graduação na UFRJ sob a direção de Aderbal Freire e mestrado pela UNI-RIO. Com trabalhos na TV Globo, TV Record, em dublagem e no Teatro, Samir é experiente no manejo de técnicas do teatro contemporâneo.
Ao realizar pesquisas e ter referências nos ensinamentos de Eugenio Barba, Jerzy Grotowski (1933-1999) e Peter Brook, o ator investe no teatro artesanal, onde dialoga com o próprio corpo, com objetos e faz com que todos os elementos se transformem em uma extensão de si mesmo. Assim, estimula o olhar da criança para o aspecto lúdico da narrativa.
Samir dá vida a outros personagens que cruzam o caminho do cãozinho e ressignifica os materiais de cena, transformando longos panos em seres, elementos cênicos em instrumentos, instrumentos em outros objetos. Já as canções, foram especialmente compostas para o espetáculo, e tocam em cena: sapinho, reco-reco, guizos, caxixi, prato, apitos, sino, pandeireta sem pele, claves, xilofone e derbake pequeno.
“Os instrumentos de percussão são os primeiros da história da música, vêm desde os tempos da caverna. Na peça, a utilização deles se dá em consonância com a pesquisa de linguagem que se vale também de alguns recursos mais essenciais e artesanais do teatro, sendo muito utilizados no teatro oriental, que é uma das nossas fontes principais de inspiração. Como se trata de uma narração épica, os personagens se utilizam dos instrumentos para colorir as ações físicas da narrativa, instigando a imaginação do espectador. Por exemplo, ao falar... ’Em uma noite de lua cheia’... (e tocar um apito), o som deve levar o espectador a imaginar sua própria noite de lua.”, explica Samir.
Sinopse
O cãozinho Lobobão é expulso de casa por seu dono após salvar um lobo. Depois de muito caminhar pelo mundo tentando entender seu destino, ele encontra um lobo misterioso, que irá lhe revelar sua verdadeira origem e missão na Terra, mostrando que cães e lobos não são tão diferentes como ele imagina.
Serviço
O Cão Que Sonhava Lobos
Temporada: 05 a 27 de maio
Local: Teatro Ziembinski - Rua Heitor Beltrão, sn - Próximo a Estação de Metrô, São Francisco Xavier. Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 3234-2003
Horários: Sábados, às 17h e Domingos às 16h
Duração: 60 minutos
Ingressos: R$40,00 e R$20,00 (meia)
Capacidade: 104 lugares
Classificação: livre
Ficha Técnica
Texto e atuação: Samir Murad
Direção: Marcelo Morato
Cenografia e Programação Visual: Adriano Ferreira
Figurino: Mauro Leite
Músicas: Charles Kahn, Pedro Costa e Samir Murad
Trilha Sonora: Pedro Costa
Desenho de Movimento: Luciana Bicalho
Preparação Vocal: Breno Pizzorno
Desenho de Luz: Daniela Sanchez e Katia Barreto
Vozes em Off: Rita Lopes, Pamela Rodrigues e Samir Murad
Maquiagem: Mauro Leite
Fotos: Renato Mangolin
Vídeos: Rodrigo Turazzi
Comunicação e Marketing: Gledson Mercês
Operador de Luz: Katia Barreto
Redes Sociais: Fernanda Portella (Duetto Comunicação)
Costureira: Naria de Jesus
Produção Executiva: Wagner Uchoa
Realização: Cia Teatral Cambaleei, Mas Não Caí...
Assessoria de Imprensa: Duetto Comunicação