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terça-feira, 14 de novembro de 2017

'A LBV foi mandada por Deus para mim', diz mãe atendida

Por: Janine Martins
Fotos: Karina Dametto / José Gonçalo

Conheça a história de vida de Francinete Ferreira e como a LBV vem apoiando a família dela.

Nascida em Remanso, na Bahia, Francinete Ferreira Lima trilhou um longo caminho até chegar à Santa Luzia, invasão da Cidade Estrutural, nas proximidades de Brasília. Em seu barraco de madeirite, que ela ressalta ter levantado com muita luta, recebeu nossa equipe com um sorriso no rosto como quem recebe alguém que já faz parte da família e a gratidão que só uma mãe pode sentir por quem faz bem aos nascidos de seu ventre.

Era ainda o início da época das chuvas, a poeira que invade a casa por meses a fio – neste 2017, o Distrito Federal amargou 123 dias sem chuva - dá lugar ao barro, mas não tira a alegria de quem vê no futuro dos filhos algo melhor.

"Fui trabalhar desde cedo, quase não estudei. Minha mãe, Elizete, tinha um marido que maltratava muito ela. Ele era pescador, e a gente tinha que ir pro rio ajudar ele a pescar. Foi muito triste minha infância, não tive chance, não tive a oportunidade de estudar. Quando eu fui estudar já era tarde demais, me considero analfabeta”.

A doença da mãe levou a família da pequena cidade no interior da Bahia, situada às margens do Velho Chico, para a capital federal. Dona Elizete acabou não resistindo ao tratamento de um câncer no intestino. Onde a mãe buscou a cura, a filha encontrou oportunidades. Ela trouxe o filho, Ramon, e começou a trabalhar fazendo faxinas.

Francinete Ferreira Lima, família atendida pela LBV na cidade de Santa Luzia - (invasão da Estrutural)

Vida e esperança na capital do Brasil
Em Brasília, conheceu o atual companheiro, Paulo, com quem vive há 10 anos. Da relação, nasceram mais dois filhos: Paloma e Paulo.  Hoje, enquanto a mãe trabalha como empregada doméstica e o pai como pedreiro, os dois caçulas recebem, na Legião da Boa Vontade, todo o apoio que precisam para buscar oportunidades de um futuro melhor.

No casebre por onde se chega numa rua de terra batida, a rotina de Francinete começa cedo. “Acordo cedo, faço o café para eles, arrumo, deixo na parada a Paloma e o Paulo, ali onde o ônibus da LBV passa, e depois eu vou trabalhar. Eu vou de bicicleta todo dia, de baixo de chuva ou sol. É um pouquinho longe”. Na capital federal, a LBV tem um ônibus que busca as crianças atendidas na Cidade Estrutural e as leva até o Centro Comunitário, o que possibilita que o trajeto seja feito de modo seguro, e evita preocupações dos pais.

Conhecer a LBV, para ela, foi um alento em meio a momentos difíceis: “Chegou o ponto de meus filhos pedirem um biscoito e eu não ter para dar. (...) A LBV foi mandada por Deus para mim. Foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Vou trabalhar despreocupada, deixo eles dentro do ônibus que leva pra lá [no Centro Comunitário da LBV]. O motorista é super educado, a monitora também. Lá é bom, eles brincam, as tias gostam deles, eles falam que lá é muito bom, maravilhoso”.

Além do cuidado, a LBV colabora com itens para a educação das crianças. Um apoio importante para uma família que tem o orçamento apertado, mas investe na Educação por acreditar que, por meio dela, Paloma e Paulo podem chegar onde quiserem: “A Paloma ficou toda feliz quando veio com a mochila [ganhada da LBV], com os materiais dela. Já tinha dias que ela me pedia pra comprar uma tesourinha. Às vezes não sobra para comprar, que é bem baratinho. Esse ano mesmo eu não comprei porque o Paulo ganhou na LBV".

Para uma mãe, a possibilidade de ver seus filhos tendo a oportunidade que faltou a ela é espetacular: “A LBV me deu essa chance de eles não ficarem na rua. Eles estão tendo a oportunidade que eu não tive. Eu luto muito para eles estudarem e serem alguém na vida, que eu não fui, porque é muito ruim a pessoa não saber pegar nem um ônibus, como é meu caso”. Na Instituição, eles recebem todos os cuidados para crescerem saudáveis, têm acompanhamento e incentivo para ir longe. “O Paulinho gosta muito de lá, ele ama, ele adora ficar lá. Minha menina também, já chega toda empolgada querendo ir de novo”.

Apoio para um Natal mais feliz
Este ano, a família de Francinete receberá a cesta de alimentos distribuída pela campanha Natal Permanente da LBV — o Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. Um coroamento do trabalho realizado pela Instituição durante todo o ano, que proporciona uma ceia farta para mais de 50 mil famílias em todo o Brasil neste ano.

— Quero doar uma cesta de alimentos

Francinete lembra com alegria a cesta recebida no ano passado. “Receber essa cesta foi muito bom, me ajudou bastante, veio muita coisa, se quiser eu até falo o que veio na cesta porque eu me lembro. Foi grande e muito boa. Eu fiquei bem feliz de ter recebido essa cesta”.

A história de Francinete é um retrato de muitas outras famílias beneficiadas pelos programas socioassistenciais da LBV espalhados por todo o Brasil. São pessoas que estão em situação vulnerável, precisando de apoio e de incentivo para mudarem suas realidades, para dar oportunidade aos filhos, para se sentirem respeitadas.

A você que contribui para o sucesso deste trabalho e que ajuda a mudar a realidade de famílias como a da Francinete, o nosso sincero agradecimento!

Você ajuda, a LBV faz!