Por Felipe Lucena para o Diário do Rio (http://diariodorio.com)
A Catedral São Sebastião do Rio de Janeiro – bastante conhecida como Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro – é um dos prédios mais atraentes do centro do Rio. Com formas especiais, o local tem uma longa e bela história para contar.
A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro passou séculos sem uma sede, uma catedral própria. Por isso precisou utilizar igrejas “emprestadas”, como nos primeiros 58 anos (entre 1676 e 1734) quando uma capela foi erguida no Morro do Castelo.
Igreja de Santa Cruz dos Militares, Morro do Castelo |
No ano 1734, a Catedral foi transferida para a igreja de Santa Cruz dos Militares, também no Morro do Castelo. Por lá ficou por até 1737. Após isso se mudou para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. Essa nova estadia durou até 1808.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé vista da Praça 15 de Novembro |
Lançamento da pedra fundamental do novo edifício da Catedral de São Sebastião |
D. Jaime de Barros Câmara |
D. Jaime faleceu em 1971 e não conseguiu ver a primeira missa celebrada na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, que aconteceu um ano após esse falecimento e foi celebrada por D. Eugenio de Araújo Sales.
D. Eugenio de Araujo Sales |
“Os verdadeiros marcos da inauguração da Catedral São Sebastião do Rio de Janeiro foram em 1976, quando completou 300 anos de fundação (mesmo sem sede por muito tempo) e em 1979, quando comemorou o Jubileu de prata de sua ordenação episcopal” diz o historiador Maurício Santos.
A obra foi liderada pelo arquiteto Edgar Fonseca. O engenheiro foi Newton Sotto Maior e o mestre de obras Joaquim Corrêa.
De acordo com o site oficial, a Catedral mede 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno, cada vitral: 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2, com capacidade para abrigar 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.
Teto da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro por Andrevruas |
“A forma cônica da Catedral tem inspiração em uma pirâmide Maia. Segundo os bispos do Rio, a forma circular e cônica significa a equidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra (cobertura de cabeça) usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes. Sem dúvida foi uma criação inovadora, corajosa e de muito bom gosto” destaca a arquiteta e pesquisadora Camilla Braga.
Por: Felipe Lucena
Felipe Lucena é jornalista, roteirista e escritor. Filho de nordestinos, nasceu e foi criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da distância, sempre foi (e pretende continuar sendo) um assíduo frequentador das mais diversas regiões da Cidade Maravilhosa