FETAERJ assume a residência artística do Teatro Café Pequeno e apresenta o projeto “Café Pequeno em bom som”. Todas as terças de abril e maio, um som diferente.
A FETAERJ - Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro, que assumiu a residência artística do Teatro Municipal Café Pequeno, no Leblon, apresenta nos meses de abril e maio, sempre às terças-feiras, 20h, o projeto “Café Pequeno em bom som”. Sob curadoria e produção de Roberto Jerônimo, projeto pretende oferecer aos amantes da música popular brasileira, uma série de shows diversificados.
Abrindo
o projeto, a consagrada atriz Renata Celidonio, conhecida por sua
trajetória no teatro musical brasileiro, faz sua estreia como cantora em
show solo cantando “Fossa Nova”. Com direção de Cris Fraga, e
direção musical de Priscilla Azevedo, espetáculo apresenta clássicos da
“dor-de-cotovelo” com arranjos inusitados, além de cinco músicas
inéditas do compositor/autor/diretor baiano Gil Vicente Tavares (entre
elas, dois poemas: Castro Alves e Florbela Espanca – musicados por ele).
Quem
nunca sofreu por amor? Apesar da fragilidade que atualmente os laços
humanos pareçam ter, com o advento da vida virtual, por mais que a
velocidade das relações seja determinante para que elas aparentem ser
cada vez mais rasas, sofrer por amor (ou pela falta dele) não saiu de
moda. E como todo sentimento merece ter uma trilha sonora que o
acompanhe, com cada dor surge também uma música que a representa.
Ainda
na infância, embalada pelos discos de vinil do quarto de som dos seus
pais, Renata se descobriu apaixonada pelo universo das músicas tristes.
Como ela mesma diz, “gostava de ficar entregue aos sentimentos que elas
proporcionavam”. Cresceu sentindo um imenso prazer em cantar as dores de
Maysa, Dolores, Vinicius, Chico, Elis e Tom...
“Trancava-me
no quarto, ligava o som e ficava por horas e horas ouvindo e chorando.
Ali talvez tenha sido minha primeira sala de aula. Com eles aprendi a
sentir, interpretar cada sentimento alheio como se fosse meu, ainda que
não tivesse vivido pra sentir tudo aquilo por minha própria conta. E
quando minhas próprias dores começaram a aparecer, eu soube
imediatamente a quem precisaria recorrer... ”, diz a cantriz. E
continua: “Maysa disse uma vez que ser cantora foi um acidente na vida
de uma mulher que sempre quis ser atriz’. Comigo foi o contrário. Ser
atriz foi um belo acidente. Cantora é o que sempre fui”.
E
é assim que Renata Celidonio estreia no dia 4 de abril, 20h: plena,
trazendo consigo a força que sempre levou para as personagens que
interpretou.
A HISTÓRIA DA FOSSA
Depois
de um período de grande sucesso nas emissoras de rádio, na década de
1930, as marchinhas e os sambas carnavalescos começaram a perder espaço
para temas de conteúdo passional em ritmos estrangeiros como a balada, o
bolero e o tango. A indústria fonográfica brasileira estimulou uma nova
roupagem comercial do sambacanção, adaptado às influências musicais
vindas de fora e bastante tocadas nas rádios brasileiras no período.
O
samba-canção passou a ser vinculado a excessos sentimentais e à
“dor-de-cotovelo”. As melodias expandiam-se "em contornos mirabolantes,
enquanto o acompanhamento exibia soluções orquestrais dramáticas". Nesta
fase, despontaram grandes mestres do estilo como Lupicínio Rodrigues e
Dolores Duran, por exemplo. Além destes compositores, outros começaram a
produzir sambas à base de "orquestrações americanizadas", em que Dick
Farney "entrava com seu sussurro sobre os acordes jazzísticos do piano".
Entre
os grandes intérpretes desta fase, temos Elizeth Cardoso e Maysa, entre
outros. Também surgiu uma nova geração de orquestradores, que criavam
arranjos bastante diferentes daqueles que haviam criado o samba-canção
de 20 anos antes. No entanto, o samba-canção foi perdendo terreno no
final da década de 1950 com a redefinição estética dentro do samba
trazida pelo surgimento da Bossa Nova. Embora não desaparecesse, seu
declínio era evidente a partir década de 1960, com a diminuição da
importância do rádio como veículo de massas, que era o grande divulgador
do samba-canção.
SOBRE RENATA CELIDONIO
Renata
Celidonio tem atuado em diversas vertentes de projetos artísticos -
sobretudo nas áreas teatral e de música popular brasileira - como atriz e
cantora. Ainda em Salvador, começou a cantar na noite, testando um
repertório bastante variado pelos bares da cidade. Paralelamente, foi
dirigida por nomes consagrados do teatro brasileiro - entre eles José
Possi Neto (“A CASA DE EROS” e “LÁBARO ESTRELADO”) e João Falcão (“A VER
ESTRELAS”) – e indicada ao Prêmio Copene de Teatro (2001 /categoria:
“MELHOR ATRIZ”) pela sua participação no espetáculo “PLAYBACK”, com o
qual viajou para o Rio de Janeiro no ano seguinte. Assim que chegou ao
Rio, Renata foi convidada por João Falcão a atuar na comédia "MAMÃE NÃO
PODE SABER", ao lado de Drica Moraes e de seus conterrâneos Lázaro
Ramos, Edimilson Barros e Vladimir Brichta. A partir daí, fixou sua
residência em solo carioca, onde mora desde então. Em 2003, dirigida por
Charles Möeller e Claudio Botelho, integrou o elenco do musical "ÓPERA
DO MALANDRO”, estando presente por três anos em todas as suas temporadas
e turnês. Também fez parte da versão reduzida ("ÓPERA DO MALANDRO EM
CONCERTO"), que teve seu início nos Açores (PT), seguindo temporada no
Teatro Leblon (RJ) até meados de 2006. Convidada pela Embaixada
Brasileira (Itamaraty), em 2007 realizou um show solo no BACI
(Brazilian-American Cultural Institute) em Washington D.C. (USA), só com
músicas do compositor Chico Buarque. No ano seguinte, convidada pela
Georgetown University (Washington D.C.), participou da "Brazilian Music
Week", realizando um show com composições de Tom Jobim, acompanhada pelo
violonista Richard Miller. Em seguida, apresentou-se em diversos bares
da capital americana e de seus arredores, experimentando um repertório
que alternava clássicos da música brasileira com standards de jazz. Em
2009, de volta ao Brasil, estreou em Salvador um show só com músicas
inéditas, intitulado "DO DRAMA AO JAZZ". Em seguida, convidada novamente
pelos diretores Charles Möeller e Cláudio Botelho, integrou o elenco da
turnê paulista do espetáculo "7 - O MUSICAL", ao lado de Alessandra
Maestrini, Zezé Motta, Rogéria, entre outros. Integra o grupo vocal "4
Cantus" desde 2011 e, com o show "4 CANTUS CANTA DOCES BÁRBAROS", esteve
em turnê pelo Norte do país no projeto "SESC Amazônia das Artes", entre
outras apresentações na capital carioca. Na televisão, obteve grande
reconhecimento público ao interpretar a personagem "Marieta", a modelo
plus size da novela "AQUELE BEIJO" (TV GLOBO), em 2011/2012. Em 2013, ao
lado de Luis Salem e sob a direção de Stella Miranda, integrou o elenco
da comédia musical "GOZADOS", em turnê por diversas cidades do Brasil.
No ano seguinte, estreou o espetáculo “TODOS OS MUSICAIS DE CHICO
BUARQUE EM 90MINUTOS” (Moeller&Botelho). Em 2015, recebeu o Prêmio
Botequim Cultural(MELHOR ATRIZ) pelo musical infantil “TODO VAGABUNDO
TEM SEU DIA DE GLÓRIA”. Seu trabalho mais recente nos palcos foi em
2016, na turnê carioca do musical “A CUÍCA DO LAURINDO”.
FETAERJ – 40 ANOS
A
FETAERJ - Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro -
é uma instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública estadual.
Há 40 anos a FETAERJ associa grupos de teatro com o objetivo de fomentar
a criação/manutenção e a difusão do teatro no nosso estado e do
incentivo à formação de plateia.
Trabalha
com o princípio da descentralização da produção cultural, focando suas
atividades para os grupos e ações no interior do Estado, realizando
congressos, concursos, seminários, oficinas, mostras, intercâmbios,
palestras, debates, leituras, cursos e festivais de teatro.
Por
suas ações, a FETAERJ recebeu o PRÊMIO GOLFINHO DE OURO / ESTÁCIO DE SÁ
(2000), concedido pelo Governo do Estado do Rio, o TROFÉU MANDACARU
(2004), concedido pela prefeitura de Armação de Búzios pelos 4 anos de
desenvolvimento teatral sistemático neste município, a MOÇÃO DE APLAUSO
(2004), concedida pelo Ateneu Angrense de Letras, pela realização da
FITA (Festa Internacional de Teatro de Angra) e a MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO
(2006), concedida pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro pelo
"excelente trabalho em prol da cultura brasileira". Recentemente recebeu
o Diploma Heloneida Studart de Cultura (2016), da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente a FETAERJ integra a
Rede Municipal de Pontos de Cultura – Cultura Viva através do Espaço
Paschoal Carlos Magno.
SERVIÇO
Fossa Nova – Com Renata Celidonio
Única apresentação: 4 de abril de 2017 – 20h
Local: Teatro Municipal Café Pequeno
Endereço: Av. Ataulfo de Paiva 269 – Leblon - Telefone: 21 2294-4480
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) - R$ 20,00 (meia)
Funcionamento da Bilheteria: Terça a sábado de 16h às 21h e domingo de 14h às 20h.
Não possui estacionamento.
Capacidade: 80 Lugares
Duração: 70 minutos
Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA:
Idealização e roteiro: Renata Celidonio
Direção: Cris Fraga
Figurinos: Renata Celidonio (supervisão: Marcelo Marques)
Iluminação: Aurélio de Simoni
Direção musical: Priscilla Azevedo
Músicos: Alexandre Katatau (baixo), Marcio Romano (bateria/percussão) e Priscilla Azevedo (piano/acordeon)
Engenharia de som: Leo Salles Viot
Produção executiva: Marcelo Aouila
Realização: Renata Celidonio e Leo Salles Viot.
FETAERJ Café em Cena
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