Crédito Maria Fernanda Marques
SESSÕES EXTRAS – DIAS 21 E 28 DE JULHO (QUINTA-FEIRA)
Há três anos emocionando cariocas e turistas na Cidade Maravilhosa, a clássica peça “As três irmãs”, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, encerra temporadano jardim do Casarão Austregésilo de Athayde, no Cosme Velho, com apresentações aos sábados e domingos, até 24 de julho e com sessões extras dias 21 e 28 de julho, quinta-feira, sempre às 16h, com entrada gratuita. Contemplado pelo Programa Fomento Olímpico da Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo – cuja montagem foi idealizada pela diretora Morena Cattoni e pelas atrizes Gisela de Castro e Paula Sandroni – fará parte da programação olímpica. E, graças ao sucesso de público e crítica nas duas temporadas anteriores durante o inverno carioca, a encenação entrou para o calendário de eventos da cidade.
O elenco sofreu mudanças, mas as três irmãs são interpretadas pelas mesmas atrizes das montagens anteriores: Julia Deccache e as já citadas Gisela e Paula. O cenário também é o mesmo. E nem poderia ser diferente. Afinal, o jardim da residência do escritor que presidiu a Academia Brasileira de Letras entre 1958 e 1993, palco da encenação, tem quase a mesma importância de um personagem, dialogando com os temas da peça. A iluminação é natural, pensando a luz do sol como representativo do tempo, bem como das estações do ano: a peça começa com o dia ainda claro, na primavera, e termina com a chegada da noite e do outono.
A montagem da diretora Morena Cattoni privilegia a natureza, o texto bem falado e a passagem do tempo da primorosa obra de Tchekhov. A peça conta a história das irmãs Olga, Irina e Macha – representadas por Paula Sandroni e Julia Deccache e Gisela de Castro –, que moram no interior da Rússia com o irmão Andrei, interpretado por Cirillo Luna. Eles foram criados por um pai militar que os ensinou as maiores virtudes. Porém, onde moram, o conhecimento que têm não serve pra nada útil. Eles recebem a visita de militares em sua casa e filosofam sobre a vida. As três irmãs sonham em voltar à sua cidade natal: Moscou. Esse sonho as move, porém nunca chegam a realizá-lo.
E o sonho de montar esse texto de Tchekhov foi uma meta atingida com sucesso pelas idealizadoras Paula, Gisela e Morena, que reuniram uma equipe de profissionais engajados em torno da permanência do projeto no calendário anual da cidade. Foi, e é, o encontro certo no momento certo. Tudo tão perfeitamente combinado, inclusive a natureza selvagem do jardim, com sua luz natural, que se encaixou à proposta da encenação, emoldurando a passagem do tempo e a interioridade dos personagens tchekovianos.
Ficha técnica:
Texto: Anton Tchekhov
Direção: Morena Cattoni
Assistente de direção: Daniel Chagas
Idealização: Gisela de Castro, Morena Cattoni e Paula Sandroni
Elenco: Carlos Neiva, Chica Oliveira, Cirillo Luna, Gisela de Castro, Julia Deccache, José Gomide, Marcelo Morato, Marcio Freitas, Natasha Corbelino, Paula Sandroni, Paulo Japyassu, Paulo Roque e Vini Couto
Ator substituto: Daniel Chagas
Figurino: César Soares
Assistente de figurino: Valentina Farah
Direção de arte: Luciana Craveiro
Assistência de cenografia: Fernanda Correia e Monique Rosas
Música original: João Bittencourt
Preparação vocal: Verônica Machado
Direção técnica e operação de som: Monique Rosas
Programação visual: Marcio Freitas
Fotos: Chico Lima, Maria Fernanda Marques, Roberta Galuzzo e Vini Couto
Assessoria de imprensa: SG Assessoria de Imprensa – Sheila Gomes
Mídias sociais: Natasha Corbelino
Assistência de produção: Ana Queiroz
Produção executiva: Yuka Fuchigami
Direção de produção: Natasha Corbelino | Corbelino Cultural
Serviço: “As três irmãs”, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, montagem de Morena Cattoni
Local: Casarão Austregésilo de Athayde
Rua Cosme Velho, 599 - Cosme Velho
Data: até dia 24 de julho, sábados e domingos, 16h
Sessões extras: dias 21 e 28 de julho (quinta-feira), 16h
Entrada franca
Censura: 10 anos
Em caso de chuva, não haverá espetáculo.
CURRÍCULOS:
MORENA CATTONI
Formada Direção Teatral na UFRJ 2009. Pós- Graduada Corpo, Diferença e Educação Faculdade Angel Vianna 2012.
Professora: interpretação escola Artcênicas 2006 a 2013; SESC Dramaturgia-Oficina nos estados: PB, BA, AL e SE, 2013 e MT 2014.
Participou do Laboratório de Direção “Director´s Lab” em NY, Lincoln Center 2013.
Obteve o terceiro lugar no Concurso de Dramaturgia Feminina 2015 do projeto La Scrittura dela Differenza, com a peça “Quarta-feira de cinzas”.
Preparadora de elenco e produção de elenco no longa-metragem “Mormaço”, direção de Marina Meliande.
DIREÇÃO: Solos de memória, texto e atuação: uma certa companhia. Estreou agosto 2015, castelinho do flamengo. Ganhou o edital de fomento da prefeitura para temporada em 2016 e edital da Caixa Cultural Brasília 2016.
Patrícia piolho de Luiza Yabrudi e Karina Ramil. Estreou setembro 2014. Planetário. Ganhou o prêmio Zilka Sallaberry de melhor atriz e indicado a melhor direção e texto. Circula pelo RJ desde então.
As três irmãs de Tchekhov. Estreou junho 2014, Casarão Austregésilo de Athayde. Ganhou edital de fomento da prefeitura para temporada gratuita em 2016.
Godó o bobo alegre, opereta de Pedro Bloch e Francisco Mignone. Escola de Música da UFRJ outubro 2013.
Homens gordos de saia de Nicky Silver. Gláucio Gill; Galpão Gamboa 2010; Circuito Estadual das Artes 2011. Premiado no 7º. Festival de Teatro de Duque de Caxias.
PAULA SANDRONI
Atriz e diretora, Paula Sandroni é mestre em artes cênicas pela UNI-Rio (2004). Foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Direção de 2004 pela peça Édipo Unplugged, co-dirigida por João Fonseca. Trabalha como diretora assistente de diversos musicais, entre eles “A Ópera do Malandro”, “Um Violinista no Telhado”, “O Mágico de Oz”, “Cazuza – Pro dia nascer feliz, o musical” e “O Grande Circo Místico”. É integrante do grupo Os Privilegiados e ganhou o 3º Prêmio FITA de Teatro de Melhor Atriz Coadjuvante em 2013, por seu trabalho na peça “Os Sapos”.
JULIA DECCACHE
Formada em artes cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e em cenografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), iniciou suas atividades artísticas ainda com cinco anos e fez aulas de canto, de dança e de circo. Sua primeira experiência profissional se deu em 1997 e desde então já integrou o elenco de “Manossolfa” e “Infância”, dirigidos por Karen Acioly, “A Entrevista”, com direção de Susana Garcia e supervisão de Daniel Filho e “Como nossos Pais”, texto e direção de Pedro Neschling. Atualmente, está em cartaz no Teatro Dulcina com duas reestreias da Cia Dramática de Comédia: “A História de Romeo e Julieta” e “O Homem da Cabeça de Papelão”, dirigidas por João Batista.
GISELA DE CASTRO
Graduada em Biologia pela UFRJ, estudou Metodologia do Ensino na Faculdade de Educação da Unicamp. Produtora cultural atuante no Rio de Janeiro, há 13 anos trabalha como produtora e diretora artística da Zucca Produções, como atriz, diretora, roteirista e contadora de histórias. É autora contratada da AGÊNCIA RIFF, inaugurada em 1991, que representa grandes nomes da literatura brasileira e as principais editoras e agências literárias estrangeiras no Brasil e em Portugal. Como atriz, atuou no curta “Os sapos”, de Clara Linhart (2011), e nos longas “Mulheres do Brasil” de Malu de Martino, produção de Elisa Tolomelli; “Quase dois irmãos” de Lúcia Murat; “Mormaço” de Marina Meliande (em finalização); e “Trágicas” de Aída Marques (em produção). Produziu os curtas “Tempos idos” (com Rogério Fróes e Gabriel Louchard) e Quintas Intenções (com Bruno Mazzeo), ambos de Maurício Rizzo.
Atuou nos espetáculos “Bisa Bia, Bisa Bel”, de Ana Maria Machado, direção: Joana Lebreiro com 7 Prêmios, incluindo melhor espetáculo e melhor elenco; "As três irmãs" de Anton Tchekhov, direção: Morena Cattoni (2014, 2015 e 2016); "Os sapos", texto e direção: Renata Mizrahi (há três anos em circulação); "Sarau das putas", texto e direção: Ivan Sugahara (2013); “ArTorquato” com texto e direção de Antonio Quinet, sobre a vida de Torquato Neto, com Gilberto Gawronski (2006); “Greve de sexo”, baseado na obra “Lisístrata” de Aristófanes, direção: Paulo Hamilton (2005 e 2006); entre outros.
Ainda em teatro: produziu e codirigiu com Diego Molina o premiado espetáculo infantil “Joaquim e as estrelas”, de Renata Mizrahi. Produziu e codirigiu com Marcelo Morato a peça “O pequenino grão de areia”, de João Falcão - Prêmio Zilka Salaberry de Melhor Espetáculo Infantil. Assinou a assistência de direção e produção de dois importantes espetáculos: “A lua vem da Ásia, de Campos de Carvalho, no CCBB do RJ, de SP e Brasília; e “O repertório Bacri-Jaoui”, dirigido e estrelado por Bianca Byington. Produziu e atuou na peça “Linha reta & linha curva”, de Machado de Assis, com direção de Dudu Sandroni, vencedor do 1º Edital da ELETROBRAS. Em 13 anos de atuação, já realizou ou participou da produção de mais de 80 projetos culturais, incluindo shows de música, mostras, festivais, CDs, espetáculos de teatro, filmes, exposições, festivais de dança, espetáculos de dança, livros de arte, um projeto de pesquisa, um projeto de reforma de patrimônio histórico, projetos de formação, cultural e artística, projetos socioculturais, entre outros. Como roteirista, foi contemplada com nota máxima no edital do Fundo Setorial do Audiovisual FSA/Ancine para desenvolver uma série de humor sobre divulgação científica para jovens chamada “Calma! Tem explicação!”.
NATASHA CORBELINO
Teatro: “Solos de memória”, com Uma Certa Companhia, direção de Morena Cattoni, 2016 e 2015, Rio de Janeiro e Brasília; “Os sapos”, de Renata Mizrahi, Salvador, 2016; “War”, de Renata Mizrahi, direção de Diego Molina, 2015, RJ; “As três irmãs”, de Anton Tchecov, com Uma Certa Companhia, direção de Morena Cattoni, 2014, 2015 e 2016, Rio de Janeiro; “O procrastinador”, de Haroldo Mourão, Simplício Neto e Sidney Hogzstein, direção de Renata Mizrahi e Priscila Vidca, 2015; “Plath: um mar se move em meus ouvidos”, de Maurício Arruda Mendonça, direção de Ana Lucia Torre, patrocínio Prefeitura do Rio, 2012, 2013 e Sesc RJ 2014; “Os sapos”, de Renata Mizrahi, Circuito Sesc 2014 e Circulação BR Distribuidora 2016; “Homens gordos de saia”, de Nicky Silver, Uma Certa Companhia, Direção Morena Cattoni, 2009, 2010 e 2011; “Uma janela em Copacabana”, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, direção José Joffily, patrocínio Caixa Cultural, 2008; “A incrível bateria”, de Ruy Castro, LF Veríssimo, Felipe Ferreira e outros, direção de Nara Keiserman, patrocínio Prefeitura do Rio/FATE, 2008; “Maratona Quintana”, direção Regina Miranda, CCBB, 2006, e Funarte. Cinema: “Mormaço”, de Marina Meliande” 2016; e “Do mangue”, de Steve Berg, 2016.