DO ALMANAQUE GAÚCHO, COLUNA DO RICARDO CHAVES DA ZERO HORA...
O nome dele é César Adriano Silva de Miranda, mas, para quem o conhece há mais tempo, ele é o “Coelho”. Entre o nome César e o apelido Coelho, ele achou melhor adotar Cesão Miranda, que é, afinal, a maneira pela qual é mais conhecido. Cesão se enquadra perfeitamente, enfim, numa das mais genéricas definições de Homem: “um animal social”. Ele é o tipo do sujeito gregário que fica feliz mesmo quando reúne gente em volta, ainda mais se for para saborear alguma comida feita por ele. Filho e neto de portugueses, esse pós-graduado em Administração e professor de gastronomia no Senac, naturalmente frequenta a Casa de Portugal, onde já foi presidente. Presidiu também, por três gestões, a Associação do Comércio do Mercado Público de Porto Alegre.
Proprietários da Padaria Pão de Açúcar, lá estabelecida, seus antepassados se radicaram e tiveram um armazém (na esquina das Ruas Barbedo e Itororó) no bairro do Menino Deus. Foi lá que Cesão, hoje com 58 anos, quando ainda era Cesinho, passou a infância e a juventude. Por causa dessa sua intimidade com o antigo “arraial”, e por essa vocação para aglutinar pessoas, ele acaba de lançar o livro Menino Deus Nosso Bairro: História e Estórias. Ele pediu alguns textos para os amigos, escreveu outros e aí está a grata homenagem, lançada na última terça-feira. Se em cada lugar da Capital houvesse um Cesão, provavelmente a relação entre as pessoas e destas com a cidade seria bem melhor.