Pesquisar

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DIA 4 DE SETEMBRO - TEATRO RIVAL PETROBRAS APRESENA JERRY ADRIANI - 50 ANOS DE JOVEM GUARDA
Jerry Adriani
50 Anos de Jovem Guarda

Comecei minha trajetória artística em 1964. Cheguei ao Rio de Janeiro em junho, dois meses após a revolução de março para gravar o meu primeiro LP “O Italianíssimo”, que era uma coletânea de sucessos de música italiana, mas que no auge naquela ocasião com aquelas baladas que permanecem vivas e embalaram corações. Apesar do clima de revolução que só viria realmente a chegar no seu auge em 1968 com o AI5, havia na época uma efervescência musical no mundo inteiro. O mundo estava sob os efeitos da “beatlemania” … O sucesso do quarteto britânico revolucionou o planeta.  O comportamento dos jovens também modificava, com as passeatas no Brasil e no mundo, os beatniks, o próprio ar que se respirava exalava “mudança”.
Foi em meio a isso tudo que nasceria esse movimento musical que no início, sem planejamento, era um derivado do Rock’nRoll dos anos 50, de Elvis, Chuck Barry, Bill Halley and His Comets, Little Richardse no Brasil, com nomes como Cely e Tony Campelo, Sergio Murilo, Ronnie Cord, Demétrius, Carlos Gonzaga, The Jordans,The Jet Blacks etc. Depois com o descomunal sucesso dos Beatles e das bandas como Rolling Stones, Herman Hermits e outras tantas com sua música reverberando ao som das guitarras, os cabelos longos, e os gritos de YeahYeahYeah, e o futuro movimento porque até aí a gente não se dava conta da dimensão do que estava acontecendo. Acabou sendo chamado por todos de a turma do IêIêIê.   Foi esse o nome inicial desse gênero musical que a gente fazia. Eu imediatamente, levado pela onda de sucesso que vinha como um tsunami do qual eu não poderia ficar de fora, migrei da música italiana para o tal de IêIêIê.
Com o gigantesco sucesso de um programa chamado “Jovem Guarda” que foi lançado em 1965, que literalmente tornou-se não simplesmente um sucesso na TV, apresentado por Roberto e Erasmo Carlos e Wanderléa, foi algo que assumiu proporções absolutamente imprevisíveis. Logo, o movimento tinha um nome…homônimo do programa… Como em tudo que cresce demais, houve dissidências e eu fiz parte de um desses grupos dissidentes da JG. Fui apresentar em parceria com Luiz Aguiar um programa na TV Excelsior que fez sucesso.
Fiz filmes, centenas de shows, e participei de outros programas de TV. Todos os mais importantes da época, os fã clubes se espalhavam por todo o Brasil, e eu, leia-se nós, os que estávamos na crista do movimento. As roupas dos jovens nessa ocasião, tinham como modelo o que o pessoal da JG vestia. Foi algo realmente muito forte que influenciou o comportamento em todo o Brasil, não só nas roupas mas na maneira de falar, de agir…
Como nada é perfeito, recebíamos críticas dos politizados pois, nossa música não falava contra a ditadura, não tratava de política e havia um patrulhamento ideológico muito forte. Os que se insurgiram contra nós (chegando a fazer inclusive passeata contra guitarras) tiveram que assistir à longa vida desse pessoal, que até hoje tem na admiração de muitos daquela geração o escopo para seguirem com suas carreiras. Muitos diziam que a gente não duraria um ano. Como se vê equivocaram-se… . A JG influenciou outros movimentos de música como a própria Tropicália, e gêneros como o Rock nacional, a música romântica etc. Chegamos graças à Deus à meio século de existência, graças ao público fiel e à pessoas da imprensa, dos veículos de comunicação que ainda continuam abrindo espaço para nós. ”Ave Jovem Guarda… A Brasa não se apagou”.
E neste ano super especial, em que comemoramos 50 anos desse movimento tão importante, nada mais perfeito para comemorar meio século no Teatro Rival Petrobras, palco de tantos movimentos artísticos que contam a verdadeira história da música popular brasileira.


Serviço:
Jerry Adriani – 50 Anos de Jovem Guarda
Teatro Rival Petrobras
Dia 4 de setembro, sexta-feira, às 19h30
Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Cinelândia – Tel.: 2240-4469
Abertura da casa às 18h30
Setor A / Mezanino:
R$ 70 (Inteira)
R$ 35 (Meia-entrada)
Setor B: 
R$ 60 (Inteira)
R$ 40 (Promoção para os 100 primeiros pagantes)
R$ 30 (Meia-entrada)
Classificação: 16 anos
Capacidade: 458 lugares
Esta casa é patrocinada pela Petrobras


Assessoria de Imprensa Teatro Rival Petrobras
Sheila Gomes – imprensa.sheila@armazemcomunica.com.br
Assistente - Rita Leal - ritaleal2007@gmail.com
Tels: 3874-7111 /  9.8479.7111 / 7898-9138