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domingo, 13 de janeiro de 2019

Rodrigo Portella dirige ‘As Crianças’ com Analu Prestes, Mario Borges e Stela Freitas

Escrita em 2016 pela jovem e premiada dramaturga inglesa Lucy Kirkwood, a peça estreou no mítico Royal CourtTheatre de Londres, celeiro de boa parte dos mais expressivos jovens dramaturgos ingleses.

Fotos: Cristina Granato

A peça conta a história de três físicos nucleares que se encontram numa isolada casa à beira-mar em região outrora bucólica, mas devastada por um acidente nuclear.

Depois dos recentes “Tom na Fazenda”, “Insetos” e “Nerium Park”, o premiado diretor Rodrigo Portellaestreia em janeiro “As Crianças”, texto da jovem e também premiada dramaturga e roteirista inglesa Lucy Kirkwood. No elenco estão três veteranos e colegas de longa data: AnaluPrestes(que acaba de trabalhar com Rodrigo em “Tom na Fazenda”), Mario Borges e Stela Freitas.

“As Crianças”, que estreou com grande sucesso em 2016 em Londres, levanta duas camadas de reflexão: num nível individual, fala da relação do ser humano com a passagem do tempo e seu inventário de perdas e ganhos; e num nível coletivo, trata de discussões éticas sobre a responsabilidade com o uso dos recursos do planeta e com as gerações futuras. Reparação e redenção são temas dessa peça que volta seu olhar para os catastróficos resultados da interação entre os humanos e a natureza.

SINOPSE
O casal de físicos aposentados Dayse (Analu Prestes) e Robin (Mario Borges), vive só e sem vizinhos numa casa improvisada perto da costa, numa região inóspita assolada por um acidente nuclear. Após uma ausência de quase quarenta anos, Rose (Stela Freitas), antiga colega de profissão e amiga, chega a essa casa com uma missão que poderá mudar para sempre a vida do casal. Para complicar as coisas, Robin teve uma relação com Rose no passado.

A DRAMATURGIA
 Estruturalmente, a peça se sustenta pelo desvendamento progressivo dos sentimentos desses personagens que, aos poucos, vão mostrando não só seus problemas afetivos, mas também a profunda crise ética em relação a seu papel na sociedade em que vivem.

Paralelamente à questão nuclear, o texto investe nas particularidades da vida desses três indivíduos - sua relação com os filhos (ou a opção por não tê-los), a proximidade da morte, a traição, as omissões, a fantasia e o desejo. Trata-se de um grande desastre a espelhar os pequenos desastres de três vidas.

“A discussão da peça está pra além da questão nuclear. Ela nos provoca a pensar em como usamos os recursos disponíveis. Entendo que Kirkwood quer que pensemos em nossa responsabilidade com as futuras gerações. Pra mim a grande pergunta da peça é: salvar as crianças de um futuro catastrófico é um ato de heroísmo ou uma obrigação?”, questiona o diretor.

UM REENCONTRO AFETIVO
Os atores Analu Prestes, Mario Borges e Stela Freitas são parceiros de longa data. O trio já esteve junto em outros trabalhos, dentre eles a primeira e antológica versão de “Aurora da Minha Vida”, de Naum Alves de Souza, ao lado de Marieta Severo, que hoje participa deste reencontro, os recebendo em seu teatro.

A MONTAGEM
O chão do palco estará recoberto por brita (fragmentos de rocha triturada), evocando a aridez do universo daqueles personagens. Em cena, além das pedras, uma grande e comprida mesa e algumas cadeiras.

Quem explica é Rodrigo Portella: “O texto de Lucy Kirkwood me parece ser uma dessas obras que dispensaria a concretude da cena. Cheguei a pensar que os atores poderiam se sentar em um palco vazio e falar rubricas e diálogos sem precisar fazer qualquer coisa. Eu gosto de contar com a imaginação do público. O teatro é ‘precário’ por natureza e é nessa precariedade que enxergo sua potência; uma vez que o ‘palco’ nunca dará conta de toda a realidade da fábula. Assim cada espectador usa de sua imaginação e memória para viver uma experiência singular.  Como quem lê um livro, por exemplo. Nesse caso, como se o próprio livro se lesse sozinho para o espectador. Pra mim ‘a coisa toda’ acontece no encontro dos imaginários. Por isso a cozinha onde se passa a peça não precisa ser materializada, a salada não precisa existir e os atores nem precisam comer. Essa desobrigação me abre espaço para a criação de uma outra dimensão dentro da obra: mais aberta, evocativa, múltipla e ao mesmo tempo particular.”

A PEÇA NA LINHA DO TEMPO
Desde os anos 1950, no pós-guerra, quando o mundo tentava digerir a tragédia desencadeada pelas bombas atômicas detonadas em Hiroshima e Nagasaki, a energia nuclear tornou-se o centro das atenções - para o bem ou para o mal. O mundo passou a refletir sobre seus benefícios e malefícios. Que discurso ético sustentaria o extermínio de milhares de pessoas com sofrimentos indizíveis?

O sofrimento estampado nas imagens das vítimas no Japão ainda hoje assombra o planeta. Afinal, foi para isso que a ciência avançou? As dúvidas, porém, não inibiram o avanço das pesquisas, a busca desesperada pelo poder através da manipulação da ciência e especificamente da energia nuclear.

A Guerra Fria que se seguiu, entre Estados Unidos e União Soviética, evidencia essa disputa. Possuir reatores atômicos torna “respeitáveis” as grandes potências. Estão aí os seguidores desta cartilha, como o dirigente da Coreia do Norte, que faz o mundo tremer com suas experiências em águas internacionais. Parecem não importar os acidentes catastróficos já ocorridos – é só lembrar de Chernobyl – e as consequências devastadoras para populações indefesas, que continuam morrendo sob o efeito da contaminação.

FICHA TÉCNICA
Texto: Lucy Kirkwood 
Tradução: Diego Teza 
Direção: Rodrigo Portella

Elenco / Personagem: 
Mario Borges / Robin 
Analu Prestes / Dayse 
Stela Freitas / Rose

Assistência de Direção: Mariah Valeiras 
Cenário: Rodrigo Portella e Julia Deccache 
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros 
Figurino: Rita Murtinho
Trilha Sonora Original: Marcelo H e Federico Puppi 
Preparação Corporal: Marcelo Aquino 
Programação Visual: Fernanda Pinto
Produção Executiva: Bárbara Montes Claros
Direção de Produção e Administração: Celso Lemos
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

RODRIGO PORTELLA – diretor
Natural de Três Rios, interior do Estado do Rio de Janeiro, o diretor e dramaturgo Rodrigo Portella (40 anos) dirigiu 22 espetáculos e escreveu oito peças teatrais em 25 anos de carreira. Foi o vencedor do Prêmio Shell em 2018 pela direção do espetáculo “Tom Na Fazenda” (2017), escrito pelo dramaturgo canadense Michel Marc Bouchard. Pelo mesmo espetáculo, recebeu também os prêmios Cesgranrio, Cenym e Botequim Cultural na categoria Melhor Direção. A montagem foi indicada em sete categorias ao Prêmio APTR (da Associação dos Produtores Teatrais do Rio de Janeiro) e levou a de Melhor Espetáculo. “Tom na Fazenda” estreou em março de 2017 no Oi Futuro Flamengo, tendo realizado mais de 140 apresentações desde então.

Seu mais recente trabalho, “Insetos” (2018), celebra os 30 anos das Cia. dos Atores. Escrita por Jô Bilac, a peça, que estreou em março de 2018 no CCBB RJ, está entre os espetáculos de maior destaque no circuito nacional. Ao passar por Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, o espetáculo concorre ao APCA de Melhor Espetáculo, ao Prêmio Shell de Melhor Direção entre outros.

Entre 1996 e 2008, Rodrigo morou na cidade do Rio de Janeiro, período em que cursou Direção Teatral na UFRJ, publicou o livro “Trilogia do Cárcere” e dirigiu a maior parte de seus espetáculos, entre eles: “Quietude” (1999), “A Fábula da Casa das Mulheres Sem Homens” (2002), “O Que Você Mentir Eu Acredito” (2003) e “Que História Espera o Seu Fim Lá Embaixo” (2006).

Em 2009, decidiu retornar à sua cidade natal, onde fundou a Cia Cortejo. Paradoxalmente, é esse retorno que impulsiona com mais força a sua carreira. Com o espetáculo “Antes da Chuva” (2014), de sua companhia, percorreu dezenas de cidades brasileiras pelo projeto Palco Giratório do SESC, totalizando mais de 200 apresentações. O espetáculo foi levado ainda para Buenos Aires, Quito e Munique, e esteve nos maiores festivais de teatro do país. Pelo texto desta montagem, Rodrigo foi agraciado com o Prêmio Shell. Antes disso, ele já havia sido indicado ao mesmo prêmio pela direção de “Uma História Oficial” (2012). Matérias em jornais como O Globo, Estado de São Paulo e Correio Braziliense legitimaram e reconheceram a importância do movimento feito por Rodrigo na contramão do senso comum, por trocar, em 2010, a capital pelo interior, como espaço potencial para a verticalização do seu processo criativo, funcionando como um impulso para o circuito nacional.

Rodrigo também concorreu ao Prêmio APTR pelo espetáculo “Na Solidão dos Campos de Algodão” (2009) e ao Prêmio Cesgranrio pelo texto de “Alice Mandou um Beijo” (2016). Este último estreou no Sesc Copacabana, e fez outra temporada no Teatro Glaucio Gill no mesmo ano, tendo recebido cotação máxima da Revista Veja Rio.

Atualmente, Rodrigo se dedica à sua pesquisa sobre as experiências de Charles Deemer acerca do Hiperdrama no Teatro, através do Programa de Pós-Graduação em Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, além de ocupar o cargo de professor do curso superior em teatro do Instituto CAL de Arte e Cultura. Recebeu cerca de 150 prêmios em festivais competitivos de teatro no Brasil e na América do Sul.

LUCY KIRKWOOD – autora
A jovem inglesa Lucy Kirkwood, aos 34 anos, já é dramaturga e roteirista premiada. Sua peça Chimerica estreou no Almeida Theatre, em Londres, em 2013, em coprodução com a companhia de teatro Headlong. A peça seguiu para o Harold Pinter Theatre, no West End de Londres, e ganhou os prêmios Critics 'Circle, Evening Standard e Olivier Awards de Melhor Nova Peça, além do Susan Smith Blackburn Prize como Melhor Peça em Inglês por uma escritora.

Seus outros trabalhos são NSFW (Royal Court, 2012); Pequenas horas (escrito com Ed Hime; HampsteadTheater, 2011); A Bela e a Fera (com Katie Mitchell, Teatro Nacional, 2010); BloodyWimmin, como parte de Mulheres, Poder e Política (TricycleTheatre, 2010); Parecia vazio quando o coração disparou, mas agora está tudo bem (Clean Break no Teatro Arcola, 2009; vencedor do Prêmio John Whiting); Hedda (Gate Theater, 2008) e Tinderbox (Bush Theater, 2008).

Para a TV, Lucy escreveu a série E4 Skins (2007-13) e The Smoke (Kudos / Sky One, 2014). Foi uma das vencedoras do Prêmio Lee Berwin, idealizado para promover o trabalho de dramaturgia no Reino Unido e nos EUA.

ANALU PRESTES – atriz
Com mais de 40 anos de carreira, atuou em peças como “Nada”, direção de Gilberto Gawronski; “Tom na Fazenda”, direção de Rodrigo Portella; “O Camareiro”, direção de Ulysses Cruz; “Um Dia como os Outros”, direção de Bianca Byington e Leonardo Netto; “Mulheres Sonharam Cavalos”, direção de Ivan Sugahara (vencedora do Prêmio APTR de Melhor Atriz Coadjuvante pelos trabalhos em “Um Dia como os Outros” e “Mulheres Sonharam Cavalos”); “As Meninas”, direção de Amir Haddad; “No Natal a Gente Vem te Buscar”, texto e direção de Naum Alves de Souza); “A Morte do Caixeiro Viajante”, direção de Felipe Hirsch; “No Coração do Brasil”, texto e direção de Miguel Falabella); “Algemas do Ódio”, direção de José Wilker; “Gardel, uma Lembrança”, direção de Aderbal Freire-Filho; “Pedra, a Tragédia”, de Miguel Falabella, Mauro Rasi e Vicente Pereira, e direção de Ary Coslov; “Um Beijo, um Abraço, um Aperto de Mão”, “Aurora da Minha Vida” e “No Natal a Gente Vem te Buscar”, texto e direção de Naum Alves de Souza; “O Califa da Rua do Sabão”, “TitusAndronicus”, “O Casamento do Pequeno Burguês” (Prêmio de Atriz Revelação pela APCA / Associação de Críticos Teatrais de São Paulo), “Simbad, o Marujo”, direção de Luís Antônio Martinez Corrêa; “GraciasSeñor”, “BrazilianAntropofagicSound” e “As Três Irmãs”, direção de José Celso Martinez Corrêa; entre outros.

No cinema, atuou em “O Mistério de Irma Vap” (Carla Camurati); “Romance da Empregada” (Bruno Barreto); “Baixo Gávea” (Haroldo Marinho Barbosa); “Com Licença, Eu Vou à Luta” (Lui Farias); “O Homem do Pau Brasil” (Joaquim Pedro de Andrade); “Assuntina das Américas” (Luis Rosemberg); “Guerra Conjugal” (Joaquim Pedro de Andrade).

Na TV, atuou nas novelas e séries “Além do Horizonte”; “Tapas e Beijos”; “Cheias de Charme”; “As Brasileiras”; “Tudo Novo de Novo”; “Judas em Sábado de Aleluia”; “O Casarão”, na TV Globo. E na Cultura, na série “Confissões de Adolescente”, com direção de SylvieDurepaire e Daniel Filho.

MARIO BORGES - ator
Com mais de 40 anos de carreira, Mario Borges se mistura com a história recente do nosso teatro, já tendo participado de inúmeros espetáculos importantes, como “Doce Pássaro da Juventude”, direção de Gilberto Gawronski, indicado aos Prêmios Cesgranrio de Melhor Ator e APTR Melhor Ator Coadjuvante; “Electra”, direção de João Fonseca; “A Estufa” (de Harold Pinter), direção de Ary Coslov, indicado aos Prêmios Shell e Cesgranrio de Melhor Ator; “Farsa”, direção de Luiz Arthur Nunes, indicado aos Prêmios Shell de Melhor Ator e APTR de Melhor Ator Coadjuvante; “Antônio e Cleópatra”, direção de Paulo José; “Maldição do Vale Negro”, direção de Luiz Arthur Nunes; “Como Aprendi a Dirigir um Carro”, direção: Felipe Hirsch; “Arlequim, Servidor de Dois Patrões”, direção de Luiz Artur Nunes; “Rei Lear”, direção: Ron Daniels, “Torre de Babel”, direção: Gabriel Vilella; “Turandot”, direção de Aderbal Freire-Filho; “As Bodas de Fígaro”, direção de Ítalo Rossi; “O Tiro que Mudou a História”, direção de Aderbal Freire-Filho; “A Serpente”, direção de Antônio Abujamra; “Isso É Tudo”, direção de Ítalo Rossi; “Lulu”, Aurora da Minha Vida”, “Um Beijo, um Abraço e um Aperto de Mão” e “No Natal a Gente Vem Te Buscar”, com direção de Naum Alves de Souza; “Drácula” de BramStoker, direção de Ary Fountoura; “Feliz Páscoa”, direção de José Possi Neto; “Mahagony”, direção de Luís Antônio Martinez Corrêa; “Sábado, Domingo, Segunda” direção de José Wilker, entre tantas outras.

No cinema atuou em “A Prova de Fogo” (de Marcos Altberg), “Para Viver um Grande Amor” (de Miguel Faria Jr.), “A Floresta de Esmeraldas” (de John Boorman), “O Romance da Empregada” (de Bruno Barreto), “O Homem da Capa Preta” (de Sérgio Rezende), “Wherethe River Turns Black” (de Chris Caine), “Chamada Final” (de Ana Maria Magalhães).

Na TV atuou nas novelas e séries da TV Globo como “Liberdade, Liberdade”; “Ligações Perigosas”; “O Fim do Mundo”; “A Viagem; “De Corpo e Alma”; “Agosto”; “Mico Preto”; “A E I O Urca”, entre outras.

STELA FREITAS – atriz
Com mais de 40 anos de carreira, atuou em peças como AQUELES FANTASMAS, direção de Sergio Modena; O MARIDO IDEAL, direção de Gilberto Gawronski; A ATRIZ, direção de Bibi Ferreira e Suzana Garcia; NESTA DATA QUERIDA, direção de LiciaManzo; A MALDIÇÃO DO VALE NEGRO, direção de Luiz Arthur Nunes; COMO APRENDI A DIRIGIR UM CARRO, direção de Felipe Hirsch; COM A PULGA ATRÁS DA ORELHA, direção de Gracindo Jr.; ANÔNIMA, direção de Aderbal Freire-Filho; O DOENTE IMAGINÁRIO, direção de Moacyr Goés (vencedora do Prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante); NOITE FELIZ, texto e direção de Flavio Marinho; CORDEL 94, texto e direção de Ewerton de Castro (indicação ao Prêmio Shell de Melhor Atriz); UMA VIAGEM MUITO LOUCA, direção de Jorge Fernando (indicação ao Prêmio Shell de Melhor Atriz); NO CORAÇÃO DO BRASIL e A PARTILHA, texto e direção de Miguel Falabella; TINHA QUE SER VOCÊ, direção de Marília Pêra; PEDRA, A TRAGEDIA, texto de Mauro Rasi, Vicente Pereira e Miguel Falabella, e direção: Ari Coslov; CABRA MARCADO PARA CORRER, direção de Antonio Pedro; A AURORA DA MINHA VIDA, texto e direção de Naum Alves de Souza; OS ÓRFÃOS DE JÂNIO, direção de Sergio Britto; OS IKS, VICTOR ou AS CRIANCAS NO PODER e AS RELIGIOSAS, direção de Celso Nunes; entre outras.

No cinema, atuou em O CASO DO VESTIDO (Paulo Thiago); CENTRAL DO BRASIL (Walter Salles); STELINHA ( Miguel Faria), Kikito em Gramado, Melhor Atriz Coadjuvante; ROMANCE DA EMPREGADA (Bruno Barreto); MEMÓRIAS DO CÁRCERE (Nelson Pereira dos Santos); UM DIA, VIRGINIA (Jose Jofilly); ANATOMIA DO ESPECTADOR e DAS TRIPAS CORAÇÃO (Ana Carolina); O REI DA NOITE (Hector Babenco); A ÁRVORE DOS SEXOS (Sílvio de Abreu).

Na TV, atuou em “Os dez Mandamentos”; “Manual Pratico da Terceira Idade”; “Ribeirão do Tempo”; “Luz Do Sol”; “Chamas da Vida”; na TV Record. Na TV Globo, atuou nas novelas, séries e linha de shows: SENHORA DO DESTINO; ZORRA TOTAL; ERA UMA VEZ..; CHICO TOTAL; EXPLODE CORAÇÃO; ANOS REBELDES; ESCOLINHA DO PROF. RAIMUNDO; VIDA NOVAS, SASSARICANDO; CHICO ANISIO SHOW; VIVA O GORDO; SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO, entre outras.

Serviço
LOCAL: Teatro Poeira - Rua São João Batista, 104 - Botafogo / RJ Tel: 2537-8053 
HORÁRIOS: 5a a sábado as 21h, dom às 19h / INGRESSOS: R$ 60,00 e R$ 30,00 (meia) / horário bilheteria: 3a a sab das 15h às 21h e dom das 15h às 19h / vendas pela internet: http://www.tudus.com.br/ DURAÇÃO: 100 min / CAPACIDADE: 145 espectadores / CLASSIFICAÇÃO: 14 anos / GÊNERO: tragédia cômico-delirante / TEMPORADA: até 31 de março