De Luiz Carlos Lourenço
Fotos de Marcelo Castello Branco e divulgação
Na noite desta quarta-feira (15), o 29º Prêmio da Música Brasileira homenageou merecidamente o cantor e compositor LUIZ MELODIA, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento reuniu notáveis de todas as áreas e principalmente grandes nomes da música como Alcione, Elba Ramalho, Nei Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Bethania, Maria Gadu, Moraes Moreira, Alcione, Zeca Pagodinho, entre outras grandes vozes. As apresentadoras do evento foram Camila Pitanga e Debora Bloch e os textos escritos por Zélia Duncan. O evento contou com um um belíssimo cenário, sob os cuidados de Gringo Cardia.
Uma das maiores intérpretes de nosso país, já acostumada a abiscoitar prêmios no evento, como melhor cantora na categoria Samba, Alcione novamente levou um troféu para casa. Só que, desta vez, de melhor cantora na categoria a que concorria, Canção popular, por conta de registro ao vivo de show de boleros. O anúncio do nome de Alcione foi aplaudido com entusiasmo e fez com que o público se levantasse inteiramente. Foi um dos grandes momentos da cerimônia que transcorreu sem surpresas nas premiações das 36 categorias. Um momento emocionante foi a chamada ao palco das irmãs Galvão, que receberam a premiação com muitas lágrimas.
Houve eventuais premiações fora do universo da MPB – como a dupla vitória, na categoria Canção Popular, de As Bahias e a Cozinha Mineira, banda nomeada várias vezes como As "baianas" e a Cozinha Mineira no texto dito pela apresentadora Camila Pitanga. Erro corrigido, momentos depois, por Débora Bloch, a outra apresentadora da festa-show dirigida pelo empresário José Maurício Machline, criador do prêmio.
Contudo, no todo, o Prêmio da Música Brasileira seguiu mais uma vez a vocação para valorizar a MPB. Foi entregue a João Donato e a Donatinho o troféu de Melhor álbum eletrônico por Sintetizamor, e premiou duas vezes Mônica Salmaso na categoria Regional por conta do irretocável álbum Caipira.
O violonista Yamandu Costa levou dois prêmios: melhor álbum instrumental ("Quebranto", em parceria com Alessandro Penezzi) e melhor solista. Chico Buarque conquistou o prêmio nas categorias Melhor Canção ("Tua cantiga", em parceria com Cristóvão Bastos) e Melhor Álbum de MPB por "As caravanas", produzido por Luiz Cláudio Ramos.
O arranjador Mário Adnet também saiu do prêmio com duas vitórias: Melhor Arranjador por "Jobim Orquestra e convidados" e Melhor DVD, pelo mesmo trabalho, em gravação dirigida por Nelsinho Faria. Mônica Salmaso foi outra que conquistou duas premiações: Melhor Álbum de Música Regional, por "Caipira", produzido por Teco Cardoso, e Melhor Cantora na mesma categoria.
Moacyr Luz e o samba do trabalhador também levaram duas premiações: Melhor Álbum de Samba, "Ao Vivo, no Bar Pirajá", produzido por Max Pierre, e Melhor Grupo, na mesma categoria.
A cerimônia teve 10 apresentações dedicadas à obra de Luiz Melodia: Fabiana Cozza interpretou "Ébano", Lenine e João Cavalcante defenderam "Congênito", Alcione cantou "Estácio, Holly Estácio", Céu trouxe "Salve linda canção sem esperança", Áurea Martins e Xênia França mostraram "Juventude transviada", a família Veloso - Caetano, Maria Bethânia, Moreno, Zeca e Tom - explorou "Pérola negra", Zezé Motta e Sandra de Sá fizeram dueto em "Dores de amores", Baby do Brasil levou ao público "Magrelinha" e Lazzo, Iza e Liniker finalizaram com "Negro gato".
No entanto, o melhor show da noite chegou pelas mãos de Yamandu Costa e Hamilton de Holanda e pela voz de Pedro Luís em uma interpretação visceral de "Fadas".
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