De Luiz Carlos Lourenço
Fotos de Kicko Ribeiro e Vitoria Virtus
Com o Theatro Net Rio lotado e a presença de muitos notáveis, a extraordinária cantora e atriz ZEZÉ MOTTA apresentou na noite desta segunda-feira, véspera do feriado, um show animado e otimista, marcando o lançamento do CD “O samba mandou me chamar”, no qual gravou excelentes sambas jovens compositores e autores já consagrados no repertório. O show de lançamento marcou também uma emocionante homenagem a dois grandes artistas, Dona Ivone Lara, que faleceu na semana passada e o cantor e compositor Arlindo Cruz, ainda recuperando-se de sérios problemas de saúde.
Ao iniciar o espetáculo ZEZÉ conversou informalmente com o público, comentando que sonhava com o projeto há mais de dez anos.
"Estou feliz em torná-lo realidade agora. Fui resistente ao samba no início de minha carreira, porque não queria ser rotulada como cantora negra e sambista e tive a fase em que a militância falava mais alto”, explicou Zezé.
Acompanhada pela banda Sorriso Negro, com oito excelentes músicos e a participação especial de um casal de dançarinos da Escola de Carlinhos de Jesus, a cantora trocou três vezes de figurino e fez algumas brincadeiras sobre pequenas falhas do roteiro, mas tirando isso de letra com o seu profissionalismo e voz poderosa.
Entre as dezenas de personalidades que podiam ser vistas na platéia destacavam-se as atrizes Ruth de Souza(saudada como "minha Rainha por Zezé", Rosamaria Murtinho, Lu Gondin e as cantoras Joana, Dhu Moraes e Tetê Cavalckanti. Lá estavam também o musicólogo, produtor e escritor Rodrigo Faour, o produtor musical Thiago Martins Luis, a modelo e atriz Lika Oliveira, o carnavalesco e apresentador Milton Cunha, o ator Antonio Pitanga e a mulher, Benedita da Silva, o produtor musical e diretor do Teatro Oi Casagrande, João Luiz Azevedo, os produtores Montenegro e Raman, Ana Torres, od fotógrafos Marcelo Castello Branco e Thereza Eugenia, o coreografo Carlinhos de Jesus, a bailarina Ana Botafogo e a cantora Vitoria Virtus.
No espetáculo “O samba mandou me chamar” Zezé Motta apresentou algumas faixas do novo CD pautadas no romantismo, como a ‘dor-de-cotovelo’ de “Poeira varrida” (Carlinhos da Ceasa/ Darcy Maravilha), a ‘mea-culpa’ de “Vou te provar” (Marquinhos PQD e André Renato) e a celebração ao amor maduro de “A primavera se despede” (Serginho Procópio/ Ferreira Meu Bom).
No disco ontem lançado, Zezé Motta contou com a participação especial é a de Arlindo Cruz, que gravou com ela a inédita “Nós dois”, parceria dele com Maurição. Xande de Pilares também canta no disco em “Alma gêmea” (André da Mata/ Mingo Silva/ Kinho). Das regravações, destacam-se “Mais um na multidão” (Erasmo Carlos/Marisa Monte/Carlinhos Brown) e um sucesso de Aracy de Almeida de 1947, “Louco”, de Wilson Batista e Henrique de Almeida.
Zezé apresentou ainda “Já pode chegar” (Christiano Moreno/ Paulinho Carvalho/ Fábio Siri), “Vem” (Ciraninho/ Leandro Fregonesi/ Rafael dos Santos) e “Caciqueando” (Noca da Portela/ Valmir/ Amauri), pot-pourri que dá título ao disco.
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