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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Cercado de amigos e admiradores, Ruy Castro lança em Ipanema o novo livro, ‘Trêfego e Peralta’

De Luiz Carlos Lourenço 
Fotos de KIcko Ribeiro

Com a Livraria Travessa de Ipanema lotada, a Companhia da Letras promoveu na noite desta quinta-feira, dia 7,  o lançamento do livro "Trêfego e Peralta – 50 textos deliciosamente incorretos", do escritor RUY CASTRO. A obra comemora meio século de atividades profissionais do jornalista, um dos mais renomados do país.



Quem assina a foto de capa é Arnaldo Klajn, fotógrafo da Prefeitura da cidade de São Sebastião, que, por 14 anos, entre as décadas de 70 e 80, trabalhou na Editora Abril, entre outras empresas de comunicação.Arnaldo, amigo pessoal do jornalista fez o click de Ruy Castro em 1982, no Jardim de Luxemburgo, em Paris. Em postagem em uma rede social, o fotógrafo afirmou que à época ambos trabalhavam na revista Playboy, da Editora Abril. "Fomos pautados para uma reportagem sobre o verão na Riviera Francesa. Grandeépoca, grandes matérias, viagens inesquecíveis. Obrigado Ruy pela lembrança, pela companhia sempre instigante, pela inteligência aguda e, principalmente, pelo inigualável bom humor". Klajn é servidor público concursado da Prefeitura de São Sebastião, onde está desde 2001.



Durante a concorrida sessão de autógrafos, ainda recuperando-se de uma cirurgia no ombro esquerdo, RUY CASTRO autografou e encaminhou um exemplar ao diretor-presidente da LBV, com a inscrição " Para Paiva Netto, o abraço do Ruy Castro".



Entre nomes conhecidos misturados aos fãs que lotaram a livraria, destacavam-se o poeta Hermínio Bello de Carvalho, a colunista Lu Lacerda, o jornalista e escritor Fuad Atala, a cantora Ellen de Lima, os jornalistas e colunistas Christovam de Chevalier e Renato Fernandes, a atriz Vera Vianna, os fotógrafos Cristina Lacerda, Kicko Ribeiro e Thereza Eugenia, o casal Carlos Augusto e Pia, Ivan Mehri, Ira Etz, o jornalista Paulo Cesar Guimarães, o ator Nelson Rodrigues, neto do renomado escritor de igual nome, além da musicóloga e diretora do Museu da Imagem e do Som, Rosa Maria Araujo.



A obra comemora os 50 anos de jornalismo de Ruy e reúne textos publicados em diversos veículos, na época em que o escritor estava no apogeu do que ele mesmo chama de “peraltices”.



O “trêfego e peralta” do título — definição que ouviu de um amigo a seu respeito — foi escolhido pelo próprio, que admite nunca ter sido politicamente correto. Ruy fala de cigarros, mulheres-objeto, drogas e até de cocô, tudo isso com todo — ou nenhum — respeito. O atenuante é que, na época dos textos, a questão do politicamente correto não se colocava. A expressão, na verdade, nem existia.



Ruy Castro nasceu em 1948. Começou como repórter em 1967 no Correio da manhã, no Rio, e passou por todos os grandes veículos da imprensa carioca e paulistana. A partir de 1990, concentrou-se nos livros. É autor de biografias de Carmem Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, e de livros de reconstituição histórica, sobre a Bossa Nova, Ipanema e Flamengo. É cidadão benemérito do Rio de Janeiro. 



Carreira Intensa
 Ruy Castro tem passagem por importantes veículos da imprensa do Rio e de São Paulo a partir de 1967, e escritor, a partir de 1988. É reconhecido pela produção de biografias como O Anjo Pornográfico (a vida de Nelson Rodrigues), Estrela Solitária (sobre Garrincha), Carmen (sobre Carmen Miranda) e de livros de reconstituição histórica, noção como Chega de Saudade (sobre a Bossa nova), Ela é Carioca (sobre o bairro de Ipanema, no Rio) e A Noite do Meu Bem (sobre o samba canção).



Parte de sua produção jornalística foi reunida em livros como Um Filme é para Sempre (sobre cinema), Tempestade de Ritmos (sobre música popular) e O Leitor Apaixonado (sobre literatura). Escreveu também um ensaio sobre o Rio, Carnaval no Fogo: Crônica de uma Cidade Excitante Demais. Seus livros têm edições nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Polônia, Rússia e Turquia.



Em ficção, é autor do romance Era no Tempo do Rei, das novelas Bilac Vê Estrelas e O Pai Que Era Mãe, e de condensações de clássicos como Frankenstein, de Mary Shelley, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.



A seu respeito foi publicado o livro Álbum de Retratos: Ruy Castro, uma minifotobiografia, pela editora Folha Seca. Vencedor do Prêmio Esso de Literatura, do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e de quatro Jabutis.