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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Amigos se reúnem para lembrar o mestre dos mestres, Ivo Pitanguy

De Luiz Carlos Lourenço
Fotos do arquivo pessoal

Há um ano, morria num sábado, dia 6 de agosto, o cirurgião plástico e acadêmico IVO PITANGUY, aos 93 anos, considerado “O mestre dos mestres” pela classe médica mundial. Para recordar sua ilustre figura, os familiares e amigos estarão reunidos hoje às 18, na missa de um ano de falecimento, que será celebrada na Igreja do Sagrado Coação de Jesus da Puc-Rio, na Rua Marques de São Vicente, 225, na Gávea. O convite está sendo encaminhado às redes sociais pelo Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Misericórdia e o Instituto Ivo Pitanguy.

Pitanguy faleceu quando estava em casa e sofreu uma parada cardíaca e o funeral foi realizado no Memorial do Carmo e seu corpo cremado.

Pitanguy fez do Brasil a principal referência mundial em cirurgia plástica ao desenvolver técnicas nas áreas de estética e de reparação. Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anônimos. Formou gerações e gerações de alunos, novos cirurgiões que aprenderam com ele a respeitar e valorizar a autoestima dos pacientes.

Além da carreira médica, se destacou também como escritor. Pitanguy foi eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras em 11 de outubro de 1990 e foi o quarto a ocupar a cadeira 22, cujo patrono é José Bonifácio, após Medeiros e Albuquerque, Miguel Osório de Almeida e Luís Viana Filho.

Em seu discurso de posse na ABL, o cirurgião e escritor citou o espanhol Pablo Picasso:  "Picasso dizia que há dois tipos de artista: ‘Aquele que faz do sol uma simples mancha amarela, e o que de uma simples mancha amarela faz o sol’. Creio que escritor é quem transforma manchas amarelas em sóis: tanto é iluminado quanto ilumina. Tem luz própria."

Pitanguy amava o trabalho, a harmonia e a natureza. Costumava dizer que nunca conseguia definir o conceito de beleza, mas sempre que a encontrou soube percebê-la. Também falava que a cirurgia plástica é uma tentativa de buscar a harmonia entre corpo e espírito, a emoção e o racional.

Em junho, o cirurgião foi hospitalizado para tratar de uma infecção. A partir de setembro, quando apresentou um problema renal durante uma viagem a Paris, passou a se submeter a sessões de hemodiálise.

Horas antes de partir, o médico, em uma cadeira de rodas, empunhou a tocha olímpica na Gávea, Zona Sul do Rio, bairro onde está localizada sua clínica de cirurgia plástica.

Pitanguy nasceu em Belo Horizonte, em 5 de julho de 1923, filho do médico cirurgião Antonio de Campos Pitanguy e de Maria Stäel Jardim de Campos Pitanguy, e deixou viúva a senhora Marilu Nascimento, com quem era casado desde 1955, deixando quatro filhos, netos e bisnetos.

Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anônimos. Formou gerações e gerações de alunos, novos cirurgiões que aprenderam com ele a respeitar e valorizar a autoestima dos pacientes.