De Luiz Carlos Lourenço
Com fotos das redes sociais
A vida, por vezes, é um mistério onde a sorte nos escapa dos dedos, mas onde a fé e a esperança parecem mais fortes e surgem invisíveis na noite do Rio. O pensamento de um artista, num momento difícil, é de um total desanimo, é o de amargura, é a vontade de se calar para sempre e não cantar mais. Acontece que a negatividade não nos ajuda a jogar fora a principal provação, a doença da saudade!
E foi para matar a saudade que dezenas de amigos se juntaram na noite do último sábado de julho, e se irmanaram em canto, lágrimas e risos, tristeza e alegrias, aplausos e assobios, para marcar um vazio, a falta do músico, arranjador, tecladista e maestro AUGUSTO, que tocou muitas vezes ali no bar e restaurante Villar, em Copacabana, acompanhando a especial cantora da noite carioca, VITORIA VIRTUS. O saudoso maestro teve sua vida ceifada num acidente de trânsito, há duas semanas, mas espiritualmente ele estava lá, controlando todos os acordes musicais e certamente assinaria a direção musical daquela noite.
Vocês não podem imaginar o que é observar uma artista que mal conseguia arrancar da garganta um cantar que se transformou num verdadeiro parto, um parto feito a fórceps. Ali se via a concretização dos versos de Carlinhos Lyra e Vinicius de Moraes que dizem “E no entanto é preciso cantar, mais que nunca é preciso cantar, é preciso cantar e alegrar a cidade...”.
E VITORIA VIRTUS foi mais uma vez uma mulher vitoriosa, uma grande guerreira. Apoiada pela bela voz do violonista e cantor JOTAN e de outros artistas, aplaudida com entusiasmo por seu público, ela conseguiu derramar na sofrida noite carioca os versos de pérolas de nossa música popular brasileira, as imortais canções de Gonzaguinha, Benito de Paula, Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Ivan Lins, Milton Nascimento, Cartola e outros valorosos compositores deste país.
Todos que estavam presentes puderam constatar. As duas primeiras canções apresentadas por VITORIA VIRTUS saíram de um boca tremula misturada com lágrimas mas logo ela própria tratou de descobrir a força que tinha em si, a garra que ela nem imaginava que possuía. Espiritualizada, viu que a partir de agora tudo seria diferente e só lembrou de pedir aos amigos que, no final do show, todos fizessem não um minuto de silêncio para o MAESTRO AUGUSTO, mas sim “um minuto de aplausos”...
E isso aconteceu, calorosamente, e foram muitos os minutos de aplausos misturados com gotas de saudade. A partir dali, Vitória percebeu, como artista, que tudo seria diferente, que todas as suas angústias virariam esperança e o público recordaria seu maestro com muita saudade, levantando a moral e encarando a vida com as boas recordações do companheiro de shows.
Entre as dezenas de amigos e admiradores de VITORIA VIRTUS, do MAESTRO AUGUSTO e da noite carioca, estiveram no Villar para aplaudir e dar um suporte emocional à artista Monyca Cipriano, Maria Celeste Fernandes Cintra, Luiz Carlos Lourenço, Andre Amabile, Paulo Castro, Beth Mule, Zazá Pereira, Vanessa Quintans, Marcela Barros, Maria Celeste Fernandes Silva, Alex Arantes, Ana Silva e seu guardião David, Carlos Vonpinaz Barreto, Eliana Pittman, Eduardo Moraes, Mauricio Code,Yara Brazão, Charpis Charpis, Delma Edelma Villas Boas, Maria Célia Vieira, Eisabeth Albuquerque Pereira, Guilherme Albuquerque, Elisabeth Franco, Dougie Face, Samira Salomão, Clicia Zoé Brandão, Selma Rios, Beth Guilher, Eliana Martins Malta, Claudia Conduru, Lourdes França, Maria Esmeralda, Dayse Figueiredo, Iandara Macedo, Miro Magalhães, Luana de Souza Silvam, Fatima Strauss, João Luiz Azevedo, Miramar Mangabeira Costa, Leda Lucia, Creuza Figueiredo Silva, Michelle Baroni, Ana D´Castro e Jacqueline Rodrigues.
Superando dificuldades
Na inesquecível noite, VITORIA VIRTUS nos mostrou que a vida é uma constante surpresa, é uma infinidade de sentimentos e sensações provocados por coisas indescritíveis! Infelizmente, surgem sempre obstáculos que machucam nossos dias, que ferem nossa felicidade. É aí, nesse estado de dificuldade, que você tem de encontrar forças para seguir em frente! Até porque não tem outro jeito. Será preciso lutar, virar o maior guerreiro de todos os tempos e ultrapassar essa barreira que ainda brinca com a nossa existência: a morte!
Está claro que não é fácil superar dificuldades, mas esta artista nos ensina que a gente tem sempre de encontrar um jeito e não podemos baixar os braços para a perda de uma batalha. Ela demonstrou a todos que seja qual for seu desafio, a vitória tem de ser nossa, por isso vamos arregaçar as mangas e lutar, encontrar ânimo no próprio espelho e lembrar que a fé é o caminho! Sempre!
Na verdade, VITORIA nos garantiu com seu canto, que se tivermos esperança de dias melhores, teremos a certeza que a meta será alcançada e que iremos vencê-la merecidamente!
MARCHA DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS
( Carlos Lyra / Vinícius de Moraes )
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar
De que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz.
Com fotos das redes sociais
A vida, por vezes, é um mistério onde a sorte nos escapa dos dedos, mas onde a fé e a esperança parecem mais fortes e surgem invisíveis na noite do Rio. O pensamento de um artista, num momento difícil, é de um total desanimo, é o de amargura, é a vontade de se calar para sempre e não cantar mais. Acontece que a negatividade não nos ajuda a jogar fora a principal provação, a doença da saudade!
E foi para matar a saudade que dezenas de amigos se juntaram na noite do último sábado de julho, e se irmanaram em canto, lágrimas e risos, tristeza e alegrias, aplausos e assobios, para marcar um vazio, a falta do músico, arranjador, tecladista e maestro AUGUSTO, que tocou muitas vezes ali no bar e restaurante Villar, em Copacabana, acompanhando a especial cantora da noite carioca, VITORIA VIRTUS. O saudoso maestro teve sua vida ceifada num acidente de trânsito, há duas semanas, mas espiritualmente ele estava lá, controlando todos os acordes musicais e certamente assinaria a direção musical daquela noite.
Vocês não podem imaginar o que é observar uma artista que mal conseguia arrancar da garganta um cantar que se transformou num verdadeiro parto, um parto feito a fórceps. Ali se via a concretização dos versos de Carlinhos Lyra e Vinicius de Moraes que dizem “E no entanto é preciso cantar, mais que nunca é preciso cantar, é preciso cantar e alegrar a cidade...”.
E VITORIA VIRTUS foi mais uma vez uma mulher vitoriosa, uma grande guerreira. Apoiada pela bela voz do violonista e cantor JOTAN e de outros artistas, aplaudida com entusiasmo por seu público, ela conseguiu derramar na sofrida noite carioca os versos de pérolas de nossa música popular brasileira, as imortais canções de Gonzaguinha, Benito de Paula, Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Ivan Lins, Milton Nascimento, Cartola e outros valorosos compositores deste país.
Todos que estavam presentes puderam constatar. As duas primeiras canções apresentadas por VITORIA VIRTUS saíram de um boca tremula misturada com lágrimas mas logo ela própria tratou de descobrir a força que tinha em si, a garra que ela nem imaginava que possuía. Espiritualizada, viu que a partir de agora tudo seria diferente e só lembrou de pedir aos amigos que, no final do show, todos fizessem não um minuto de silêncio para o MAESTRO AUGUSTO, mas sim “um minuto de aplausos”...
E isso aconteceu, calorosamente, e foram muitos os minutos de aplausos misturados com gotas de saudade. A partir dali, Vitória percebeu, como artista, que tudo seria diferente, que todas as suas angústias virariam esperança e o público recordaria seu maestro com muita saudade, levantando a moral e encarando a vida com as boas recordações do companheiro de shows.
Entre as dezenas de amigos e admiradores de VITORIA VIRTUS, do MAESTRO AUGUSTO e da noite carioca, estiveram no Villar para aplaudir e dar um suporte emocional à artista Monyca Cipriano, Maria Celeste Fernandes Cintra, Luiz Carlos Lourenço, Andre Amabile, Paulo Castro, Beth Mule, Zazá Pereira, Vanessa Quintans, Marcela Barros, Maria Celeste Fernandes Silva, Alex Arantes, Ana Silva e seu guardião David, Carlos Vonpinaz Barreto, Eliana Pittman, Eduardo Moraes, Mauricio Code,Yara Brazão, Charpis Charpis, Delma Edelma Villas Boas, Maria Célia Vieira, Eisabeth Albuquerque Pereira, Guilherme Albuquerque, Elisabeth Franco, Dougie Face, Samira Salomão, Clicia Zoé Brandão, Selma Rios, Beth Guilher, Eliana Martins Malta, Claudia Conduru, Lourdes França, Maria Esmeralda, Dayse Figueiredo, Iandara Macedo, Miro Magalhães, Luana de Souza Silvam, Fatima Strauss, João Luiz Azevedo, Miramar Mangabeira Costa, Leda Lucia, Creuza Figueiredo Silva, Michelle Baroni, Ana D´Castro e Jacqueline Rodrigues.
Superando dificuldades
Na inesquecível noite, VITORIA VIRTUS nos mostrou que a vida é uma constante surpresa, é uma infinidade de sentimentos e sensações provocados por coisas indescritíveis! Infelizmente, surgem sempre obstáculos que machucam nossos dias, que ferem nossa felicidade. É aí, nesse estado de dificuldade, que você tem de encontrar forças para seguir em frente! Até porque não tem outro jeito. Será preciso lutar, virar o maior guerreiro de todos os tempos e ultrapassar essa barreira que ainda brinca com a nossa existência: a morte!
Está claro que não é fácil superar dificuldades, mas esta artista nos ensina que a gente tem sempre de encontrar um jeito e não podemos baixar os braços para a perda de uma batalha. Ela demonstrou a todos que seja qual for seu desafio, a vitória tem de ser nossa, por isso vamos arregaçar as mangas e lutar, encontrar ânimo no próprio espelho e lembrar que a fé é o caminho! Sempre!
Na verdade, VITORIA nos garantiu com seu canto, que se tivermos esperança de dias melhores, teremos a certeza que a meta será alcançada e que iremos vencê-la merecidamente!
( Carlos Lyra / Vinícius de Moraes )
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar
De que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz.