Pesquisar

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Renomado ator Milton Gonçalves diz sim à campanha Natal Permanente da LBV

Foto: Daniel Marques

"O que vocês fazem pelos mais necessitados merece sempre destaque e podem sempre contar comigo", disse o ator

Por Luiz Carlos Lourenço

Alimentar, educar, cultivar a cidadania e a esperança de uma vida melhor, mudar as realidades, garantir e defender os direitos, valorizar, preservar e transformar a vida de milhares de crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, e proteger a família. É isso que a Legião da Boa Vontade faz diariamente graças à generosidade e confiança do povo brasileiro, além do apoio de voluntários e do comprometimento social da imprensa, que divulga gratuitamente diversas ações durante todo o ano. 


Foto: Daniel Marques



Nestes meses que antecedem o final do ano, a LBV intensifica suas ações com aCampanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia! No Rio de Janeiro, a campanha ganha novamente destaque da mídia e dos meios artísticos e nesta semana recebeu o apoio do consagrado ator de TV, Teatro e Cinema, MILTON GONÇALVES, que recebeu nossa equipe na sede do Sated-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos do Rio de Janeiro). 
É uma honra ajudar uma Instituição que conheço desde o começo, ainda com Alziro Zarur. O que vocês fazem pelos mais necessitados merece sempre destaque e podem sempre contar comigo.”

HISTÓRIA DE SUCESSOS 

Aos 82 anos, o mineiro Milton Gonçalves, de Monte Santo de Minas, é  o ator mais antigo da Globo. Milton começou na empresa em 1965, quando a emissora do empresário Roberto Marinho dava seus primeiros passos na teledramaturgia. Ele chegou à Globo a convite do então diretor Otávio da Graça Mello, que o queria no elenco de sua novela “Rosinha do Sobrado. Começava aí uma ligação que já dura 50 anos.
Fazendo uma análise rápida da trajetória de sua vida, o ator se considera um vencedor. Filho de camponeses que colhiam café na cidade mineira, Milton foi obrigado a ir morar com a mãe em São Paulo numa vila comunal quando esta se separou de seu pai. No quarto mínimo que dividia com ela e o padrasto, sem cozinha e sem banheiro, o menino Milton dormia em um colchãozinho guardado embaixo da cama da mãe. Ele cresceu sabendo que era um estorvo. “Eu era um traste, um impedimento. Minha mãe casou muito jovem e meu padrasto não gostava que eu ficasse entre ele e minha mãe.

CEDOC TV Globo
Na pré-adolescência, o primeiro sinal de sua redenção começava a aparecer. Era no cinema, assistindo aos filmes de guerra americanos que Milton esquecia das agruras e se permitia viajar. Nesse tempo ele concluiu os estudos primários e aos 11 anos de idade foi trabalhar numa alfaiataria. “Fui roubado na entrega de um terno e me detiveram na delegacia. Demorei muito para me recuperar do trauma, pois morava em um bairro de imigrantes onde, além de mim, só existiam mais cinco negros. Me humilhavam e me chamavam de ladrão.”
Mas sua história estava prestes a ser contada de outra maneira quando, por volta dos 17 anos, trabalhava em uma gráfica e foi pela primeira vez ao teatro. Ao assistir à atuação dos atores no palco, ficou fascinado. O questionamento era inevitável:  Que poder era aquele que uma pessoa tinha de dar vida a outra com tanta convicção e realismo?
Milton marcou sua presença na Globo em produções como "Irmãos Coragem", "Selva de pedra", "O Bem Amado", "Gabriela", "Escrava Isaura", "Roque Santeiro", "Insensato Coração", "Lado a lado" e muitas outras.

CEDOC TV Globo
Nos anos 1950, Milton abandonou a gráfica e aceitou o convite do dono de uma companhia teatral para trabalhar nas artes cênicas. Passou por todas as áreas: da cenografia até a atuação como ator. Foi quando começou a escrever um novo destino para si mesmo. “Me mudei para o Rio para fazer uma peça com os integrantes do Teatro de Arena (Gianfrancesco Guarnieri, Flavio Migliaccio, entre outros). “Já namorava a futura mãe dos meus filhos (Oda, morta em novembro de 2013, mãe de Maurício, Alda e Catarina), estava apaixonado e disse que não iria mais me mudar para São Paulo. Foi quando o Graça Mello me convidou para atuar na novela que ele iria dirigir. Cai de cabeça nessa nova arte. Aprendi tudo sobre Televisão, da arte de atuar, dirigir e até editar.” Com 48 novelas no currículo, nove minisséries, oito seriados além de outros programas na emissora, Milton Gonçalves tem um sentimento de realização. “Sou uma pessoa realizada. Não sei quanto eu ganho, sabia disso? Mas ainda tem algumas coisas que gostaria de fazer, como dirigir uma novela, por exemplo. Dirigi Irmãos Coragem (1970) e gostaria de dirigir algumas novelas com mais autoridade”, diz ele.