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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Paiva Netto completa nesta quarta seus 60 anos de total dedicação à LBV




De Luiz Carlos Lourenço
Fotos do acervo da LBV

Neste dia 29 de junho, data em que se festeja o dia de São Pedro e São Paulo, o querido amigo-irmão José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta José de Paiva Netto, comemora seus 60 anos de trabalho árduo em prol da Legião da Boa Vontade, instituição da qual é diretor-presidente desde o ano de 1979.
 Paiva Netto nasceu em 2 de março de 1941, no Rio de Janeiro/RJ, Brasil e além de trabalhar com afinco como diretor-presidente da LBV, é membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), sendo também filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central.





Entre as inúmeras homenagens recebidas ao longo de sua elogiada jornada na Legião da Boa Vontade, foi agraciado com a Medalha do 1o Centenário da Academia Brasileira de Letras (ABL), nomeado Comendador da Ordem do Rio Branco, pelo Ministério das Relações Exteriores, e condecorado com o Grau de Comendador, pelo Conselho da Ordem do Mérito Aeronáutico, e com a Medalha do Pacificador, pelo Ministério do Exército brasileiro. Conheça as homenagens recebidas por Paiva Netto.
É filho primogênito de Idalina Cecília (1913-1994) e Bruno Simões de Paiva (1911-2000) — que tiveram como padrinho de casamento Dorival Caymmi (1914-2008) — e irmão de Lícia Margarida (1942-2010). Teve a infância e a juventude marcadas por uma preocupação incomum com temas espirituais, filosóficos, educativos, sociais, políticos, científicos e econômicos, além de um profundo senso de auxílio aos necessitados.
Paiva Netto estudou no tradicional Colégio Pedro II, na capital fluminense, do qual recebeu o título de Aluno Eminente, sendo homenageado com placa de bronze na sede desse conceituado colégio-padrão. Em 1956, ainda adolescente, iniciou sua jornada ao lado do saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, o jornalista, radialista, escritor, poeta e pensador brasileiro Alziro Zarur (1914-1979). É válido lembrar que um dos primeiros contatos de Paiva Netto com o ideal da Boa Vontade ocorreu justamente em 29 de junho daquele ano.

O COMEÇO DA VOCAÇÃO

Aos 15 anos de idade, ao escutar uma canção natalina (Noite Feliz, de Joseph Mohr e Franz Grüber) durante o programa Campanha da Boa Vontade, na Rádio Tamoio, do Rio, intrigado, observou: "Mãe, música de Natal em junho?!"; em seguida, ainda ouviu o saudoso fundador da LBV repetir a passagem do Evangelho em que os Anjos anunciam o nascimento do Cristo: “Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. (Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 2:14). Paiva Netto sempre se recorda desse fato como uma grande jogada de marketing do Bem, destacando que era bastante curioso o fato de a música natalina ser veiculada em plena metade do ano, por ocasião dos festejos juninos.


O jovem lembrou que cerca de três anos antes, um opúsculo editado pela LBV já havia chamado sua atenção: no folheto de excelente conteúdo, que recebeu de uma senhora negra, no Rio de Janeiro/RJ, encontrou descritos os ideais que almejava desde a mais tenra idade — pioneiro movimento inter-religioso promovido por Alziro Zarur, com a Cruzada de Religiões Irmanadas. Por tudo isso, disse determinado: “Mãe, é com esse que eu vou!”.

A pregação de Fraternidade Universal o encantou de tal maneira que, naquele mesmo dia, data que homenageia São Pedro e São Paulo, pegou uma bicicleta e saiu pedindo ajuda para a LBV. Passou, a partir daquele instante, a colaborar voluntariamente com a Instituição, realizando, mesmo a pé, campanhas para a compra da antiga Rádio Mundial, que se tornaria a Emissora da Boa Vontade, de 1956 a 1966, e para auxiliar o Natal Permanente da Obra, que presta socorro diário ao povo. Segundo Paiva Netto, o que também o impressionou foi a sonoridade do nome do fundador da LBV. Foi o principal assessor dele durante quase um quarto de século.

Para se dedicar totalmente à LBV, abandonou a vocação para a medicina. Mais tarde, tornou-se secretário-geral (cargo equivalente ao de vice-presidente) da Instituição, e, com o falecimento de Zarur, sucedeu-o.
À frente da Legião da Boa Vontade desde 1979, multiplicou as ações da Instituição nas áreas da educação e da promoção humana e social por meio das suas unidades de atendimento, as quais abrangem escolas-modelo de educação básica, lares para idosos e Centros Comunitários de Assistência Social. Tais espaços servem para projetos ainda maiores, a que Paiva Netto tem se dedicado há bastante tempo: a Educação com Espiritualidade Ecumênica, consubstanciada em uma vanguardeira linha pedagógica (criada por ele), que propõe um modelo novo de aprendizado, o qual alia cérebro e coração. Essa proposta educacional, composta da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, é aplicada com sucesso na rede de ensino da LBV e nos programas socioeducacionais desenvolvidos por ela.

Os ideais da Boa Vontade não têm fronteiras e empolgam diversas nações. As iniciativas solidárias expandem-se para a LBV da Argentina, do Paraguai, do Uruguai, da Bolívia, de Portugal e dos Estados Unidos, além de muitas outras regiões do mundo, sendo mantidas por meio de donativos de cada população local.


Por causa da ampla abrangência de seus programas e de suas ações e da excelência no trabalho realizado, a Legião da Boa Vontade conquistou o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), com a qual tem atuado em parceria. Em 1994, a LBV tornou-se a primeira entidade do terceiro setor do Brasil a associar-se ao Departamento de Informação Pública (DPI) desse organismo internacional e, em 1999, foi a primeira instituição da sociedade civil brasileira a obter o status consultivo geral (grau máximo) no Conselho Econômico e Social (Ecosoc/ONU). Em 2000, passou a integrar a Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Nações Unidas (Congo), com sede em Viena, na Áustria, e, em 2004, foi cofundadora do Comitê de ONGs sobre Espiritualidade, Valores e Interesses Globais nas Nações Unidas.

Em 21 de outubro de 1989, Paiva Netto fundou, em Brasília/DF, o Templo da Boa Vontade (TBV), com a presença de mais de 50 mil pessoas. O Templo da Paz é o polo do Ecumenismo Divino, que proclama o contato socioespiritual entre a criatura e o Criador. Por isso, é conhecido também como o Templo dos Espíritos Luminosos ou das Almas Benditas, pois, afinal, os mortos não morrem jamais.
Admirado pela arquitetura arrojada, que reflete sua Espiritualidade universalista, o TBV é considerado a maior construção em forma de pirâmide de sete faces do século 20 pelo tradicional Diário de Notícias, de Lisboa, Portugal. Aclamado pelo povo uma das Sete Maravilhas do Distrito Federal, o TBV é o monumento mais visitado da capital brasileira, conforme dados oficiais da Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), e, desde que foi inaugurado, recebe anualmente mais de um milhão de peregrinos.


Paiva Netto também fundou, em 1994, no Natal de Jesus, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, ao lado do Templo da Paz, na presença de mais de 100 mil pessoas. Desde sua inauguração, o conjunto ecumênico da Instituição já recebe mais de 1 milhão de peregrinos ao ano.
Para homenagear as personalidades que se distinguem em suas áreas de atuação em prol da difusão da Paz e da Solidariedade no Brasil e no mundo, Paiva Netto instituiu a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, prêmio que, desde 1996, é entregue anualmente. Entre os que já receberam a Comenda da LBV destacam-se os estadistas Mário Soares, ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Portugal, e Nelson Mandela (1918-2013), Prêmio Nobel da Paz de 1993 e primeiro presidente negro da África do Sul, de 1994 a 1999; o dalai-lama Tenzin Gyatso, líder tibetano e Prêmio Nobel da Paz de 1989; o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan; o Atleta do Século 20, Pelé; Francisco Cândido Xavier, médium espírita (1910-2002); e dom Hélder Câmara (1909-1999), ex-arcebispo de Olinda e Recife. Além desses, outros grandes nomes de diversos ramos da sociedade brasileira e mundial foram homenageados pela sessão especial da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, entregue nos Estados Unidos, por ocasião do Brazilian Day in New York. Realizado anualmente no coração de Manhattan, para celebrar a Independência do Brasil, o festival recebe todo ano mais de um milhão de pessoas, firmando-se como uma das mais populares festas da Big Apple.


O líder da Legião da Boa Vontade criou ainda, em 2000, o Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, que se tornou o maior movimento mundial do gênero na formação de novos paradigmas do pensamento humano, fundamentados na convergência e no intercâmbio entre o conhecimento científico e as diversas tradições religiosas, havendo dele já participado nomes como o do astronauta norte-americano Edgar Mitchell (1930-2016), membro da tripulação da Apollo 14, sexto homem a pisar a superfície lunar; de Alexander Lazutkin, cosmonauta russo que fez parte da tripulação da Missão MIR-23; dos físicos quânticos e escritores Amit Goswami (Estados Unidos), Patrick Drouot (França), Waldyr Rodrigues (Brasil); do astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014); do psicólogo e educador francês Pierre Weil (1924-2008); do lama tibetano Chagdud Tulku Rinpoche (1930-2002), além de outras personalidades. O evento propõe mais do que um permanente debate teórico, estimulando a implementação de suas propostas no campo pragmático das realizações da sociedade. Fundou também, em 2007, a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, composta pelo Instituto de Estudo e Pesquisa da Ciência da Alma e pelo Instituto de Estudo, Pesquisa e Vivência do Novo Mandamento de Jesus.