ELBA E BETHÂNIA DÃO AS MÃOS E CANTAM
PARA AJUDAR A PARÓQUIA DE SÃO CONRADO
Texto e fotos de Luiz Carlos Lourenço
Colaboração de Rodrigo Faour
As cantoras Elba Ramalho e Maria Bethânia se apresentaram juntas na noite de ontem pela primeira vez e brilharam por mais de duas horas no palco do majestoso Teatro Oi Casagrande para uma platéia lotada, que no final aplaudiu de pé o show beneficente “Amor à São Conrado”. A direção do teatro nada cobrou colaborando com a iniciativa e as duas cantoras foram acompanhadas de sete músicos(seis da banda de Elba e um que segue Maria Bethânia em seus shows). O objetivo era um só: ajudar a Paróquia de São Conrado, de 101 anos e que necessita de obras imediatas e novos recursos para dar continuidade ao seu trabalho social.
O pároco da igreja, Marcos Belizário Ferreira, presente numa das primeiras cadeiras do teatro foi cumprimentado por famílias inteiras pela iniciativa e era um dos mais entusiasmados espectadores do show. Os ingressos foram vendidos a R$ 250 (platéia) e R$ 150 (mezzanino) e toda a renda foi entregue à igreja.
Segundo o musicólogo, pesquisador, produtor e escritor Rodrigo Faour, o espetáculo apresentado ontem foi único e inesquecível:
_ Uma maravilha. O que se viu foram duas damas nordestinas de gerações diferentes que sempre representaram tão bem o nosso povo, e em especial, suas terras de origem, mostrando que têm de fato algo em comum além de frequentarem a mesma paróquia de São Conrado - para a qual doaram seus cachês neste espetáculo. Há entre elas uma sintonia de duas mulheres que sabem que palco é sagrado - é lugar de propagar amor e mensagens de afeto, com muita garra e teatralidade. Fiquei muito feliz com o belo repertório das duas estrelas.
Rodrigo complementa tecendo alguns comentários:
_ Adorei o roteiro e vimos que Elba Ramalho foi especialmente bem quando mostrou nuances diferentes de sua voz com um arranjo mais intimista de "Ai que saudades de ocê", quando resgatou Belchior em "A palo seco" e finalmente ao entoar a bela "Onde Deus possa me ouvir", de Vander Lee, em ritmo de xote. No nono número, ela atacou "A tua presença morena", de Caetano, chamando para o palco Maria Bethânia, nossa Abelha Rainha, num grande momento. Juntas dividiram ainda "Gostoso demais", a pedido da última, que disse tê-la escolhido em homenagem à Elba, por ela ser "a maior intérprete de Dominguinhos".
Rodrigo lembrou que Maria Bethânia expurgou quaisquer energias negativas do local recitando a Ladainha de Santo Amaro a Nossa Senhora da Purificação:
_ A ladainha foi seguida da velha e boa "Romaria", de Renato Teixeira. Depois, cantou sucessos - "Explode coração" e "Olhos nos olhos" - para seguir com mais um dueto com a anfitriã em "O ciúme", outra do mano Caetano. Elas ainda cantaram juntas o belo e inesperado samba-de-roda "Santo Antônio", de J. Velloso, antes de Bethânia puxar a mais que esperada " O que é, O que é?", popularmente conhecida como "Viveeeeer... e não ter a vergonha de ser feliz" - o samba de Gonzaguinha que está para o final dos shows de Bethânia como o gospel "Jesus Cristo" para o fim das apresentações do "rei" Roberto.
Ao final do show, já no camarim, onde Elba abraçava faceira os amigos e filhos, Rodrigo Faour lhe entregou um presente especial, os CDs e DVDs duplos DUAS NOITES PARA DOLORES DURAN (selo Coleção Canal Brasil/Coqueiro Verde). No DVD, cada bolacha traz um show em homenagem à Dolores: o show do Rio de Janeiro, gravado na Miranda (Lagoa) e o segundo o show de São Paulo, gravado no Teatro Eva Hertz da Livraria Cultura do Shopping Conjunto Nacional.
Elba Ramalho aproveitou para gravar para Rodrigo um pequeno vídeo promocional do kit que acabara de receber e onde o musicólogo conta histórias sobre a homenageada e contextualiza seu repertório de cantora e compositora.
O CD duplo mistura os dois shows e traz apenas os áudios das canções, com roteiro baseado no meu livro “Dolores Duran – A noite e as canções de uma mulher fascinante”
HISTÓRIA DO RIO
A paróquia de São Conrado faz parte das atrações da Zona Sul carioca, com uma edificação de estilo eclético tardio, com traços neoclássicos e foi o ponto de partida para a urbanização da região. O comendador Conrado construiu a capela nas imediações de sua fazenda para que a esposa pudesse rezar perto de casa.
Para compor o altar, Jacob Niemeyer trouxe da Alemanha uma imagem barroca do século XVIII, talhada em madeira, de São Conrado, na Suíça, conhecido por fazer milagres a favor dos pobres, São Conrado foi um nobre da Idade Média que, cheio de virtudes, entregou todos os seus bens para construir escolas e hospitais. Em pouco tempo a Igreja se tornou ponto de encontro de moradores do bairro. A praia, que se chamava Pedra da Gávea, começou a ser chamada de São Conrado e na década de 40 a Igreja foi doada a Arquidiocese do Rio de Janeiro.Da construção original ainda restam a Pia Batismal, toda em mármore italiano, o sino, alguns vidros belgas e o relógio francês.
Além de ter acompanhado o crescimento do bairro, a igreja, por ficar em ponto elevado e praticamente à beira-mar aparecia nas cartas de navegação do início do século co mo uma referência para quem se dirigia ao Porto do Rio. Hoje, ela resiste com um marco da história do bairro em meio ao movimento da Auto-Estrada Lagoa – Barra. Além de receber os moradores dos condomínios do bairro, a paróquia reúne fiéis vindo da Vila Canoas, comunidade entre o Gávea Golf Club e a Estrada das Canoas.
Com missas celebradas na própria igreja, a paróquia oferece diversos serviços sociais, também realiza missas no condomínio Village de São Conrado.
PARA CONHECER A HISTÓRIA DA IGREJA, DO BAIRRO, DO SANTO PADROEIRO E IGREJA DE SÃO CONRADO SE TORNOU UM PATRIMÔNIO HISTÓRICO ARTÍSTICO NACIONAL
http://paroquiasaoconradorj.blogspot.com.br/2012/09/historia-da-paroquia.html
email - padremarcossaoconrado@gmail.com
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Banco Bradesco, agencia 2730, conta corrente 7852-2, Paróquia São Conrado ou Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.
" O Dízimo é expressão de Amor a Deus quando, por meio de nossa oferta, reconhecemos que tudo é dom divino.
A maturidade nos chega não quando nos tornamos orgulhosos, prepotentes, achando-nos fonte de todo o bem que fazemos, tornamo-nos maduros quando reconhecemos que, além de nós, acima de nós, existe um Deus que nos ama muito, que criou este mundo, criou a nós, aos que amamos."
