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terça-feira, 9 de abril de 2019

Com direção de Ana Beatriz Nogueira, Leila Pinheiro apresentou ‘Extravios’, no Teatro Oi Casa Grande

O repertório traz uma nova versão da intérprete com canções de Villa-Lobos, Dolores Duran, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, entre outros grandes nomes da MPB

“Eu sei que os extravios são necessários, sim. A necessária parte do meu caminho sozinho”. Os versos da canção “Extravios” (de Dalto e Antônio Cícero) e o sentimento de seguir numa outra direção, serviram de inspiração para o título do novo show de Leila Pinheiro. Em EXTRAVIOS, Leila, sob a direção da atriz Ana Beatriz Nogueira, apresenta ao público um repertório de interpretações diferentes das habituais: inusitadamente posicionadas no médio-grave de sua voz. Acompanhada do músico João Felippe, Leila apresentará EXTRAVIOS dia 6 de abril, sábado, às 21h, no Teatro Oi Casa Grande.

Uma amizade de mais de 30 anos e um belo encontro musical. Ana Beatriz Nogueira, atriz, propôs um show intimista, teatral, poético e embalado por canções como a valsa instrumental de Leila, “Dorotéia”, que abre o espetáculo; “Para um Amor no Recife” (de Paulinho da Viola); “Só de Você” (de Rita Lee e Roberto de Carvalho); “Blues para Bia” (de Chico Buarque), “Vivo a Sorrir” (de Adriana Calcanhoto)“, “Chuva, Suor e Cerveja” (de Caetano Veloso), entre tantas outras, intercaladas por pequenas citações de poemas de Hilda Hilst e Cecilia Meirelles.

“É um show pensado pela Ana Beatriz e roteirizado por nós duas. Um mar de belas canções que foram se complementando e montando esse texto - de teatro”, conta Leila. “A Ana Beatriz é essa atriz gigante que eu conheço, admiro e respeito tanto. Termos essa relação de confiança foi fundamental. EXTRAVIOS é, de fato, uma nova forma de me colocar no palco, de me envolver nas canções. Isso fica bem claro para o público”, afirma a cantora, compositora e pianista.

Propondo uma direção que valoriza o mais íntimo da intérprete, Ana Beatriz Nogueira – uma declarada apaixonada pela música popular brasileira de todas as épocas – quis, primeiramente, explorar a voz de Leila Pinheiro numa nova região, o médiograve, trazendo novos ares ao repertório escolhido e desafiando a cantora. Além disso, a beleza nem sempre percebida das letras das canções e a forma como elas soariam na voz de Leila também foram cruciais na escolha do repertório.

“O que me move nesta direção, neste extravio, é o amor pela música. É o respeito e a admiração pela intérprete. Eu propus um show no qual o público saísse tocado, pensando na música, na letra e na voz. E refletindo sobre como é bom escutar essas canções de uma maneira diferente”, comenta a atriz e diretora.

Também foi sugestão de Ana Beatriz a parceria com o músico convidado, o jovem e premiado João Felippe, que acompanha Leila Pinheiro com o seu cavaco de cinco cordas. “Certa vez, num encontro de amigos, vi a Leila e o João improvisarem uma canção juntos. Fiquei tão encantada com a química deles... Foi a primeira pessoa em quem pensei para acompanhá-la nesse novo caminho”, completa Ana.

EXTRAVIOS traz ainda composições de Dolores Duran, da jovem portuguesa Luísa Sobral, de Tom Jobim, de Zé Miguel Wisnik, de Moreno Veloso, entre outros. “Um novo caminho. Eu extraviada e encantada com esse rumo novo por onde tem ido a minha voz e o meu corpo”, conclui Leila.

SOBRE LEILA PINHEIRO: Um dos maiores nomes da música popular brasileira, Leila Pinheiro é intérprete, compositora e pianista. Começou a estudar piano aos dez anos de idade. Aos vinte, desiste da faculdade de Medicina e realiza seu primeiro espetáculo, “Sinal de Partida”, em outubro de 1980, em Belém, sua cidade natal, onde estreou como cantora. Em maio de 1981, passa a morar no Rio de Janeiro e grava seu primeiro LP de maneira independente com produção de Raimundo Bittencourt. Excursionou com o Zimbo Trio em shows pelo exterior em 1984, mas o sucesso veio na verdade em 1985, quando ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival dos Festivais, da TV Globo, onde defendeu o samba “Verde”, de Eduardo Gudin e José Carlos Costa Neto, seu primeiro sucesso radiofônico. Seu CD “Benção, Bossa Nova” (1989), celebrou as três décadas da bossa no Brasil e no Japão, com Leila e um de seus maiores criadores, Roberto Menescal. “Coisas do Brasil” (1993),
produzido pelo pianista Cesar Camargo Mariano, e “Catavento e Girassol” (1996), com as parcerias de Guinga e Aldir Blanc, são três grandes referências da intérprete, suas escolhas e parceiros. Em seus 38 anos de carreira, gravou 19 CDs e três DVDs, interpretando o cancioneiro brasileiro clássico por seus grandes criadores - os que vieram vindo e os que vêm chegando. Leila Pinheiro é sinônimo da melhor música brasileira: clássica, moderna, eterna.

SOBRE ANA BEATRIZ NOGUEIRA: A atriz carioca estreou profissionalmente no longa “Vera” (filmado em 1985 e lançado em 1987), dirigido por Sérgio Toledo. Por este trabalho, aos 20 anos, foi premiada, entre outras láureas, com o Urso de Prata no Festival de Berlim, prêmio dado somente a três brasileiras – além dela, Marcélia Cartaxo e Fernanda Montenegro. Desde então, contabiliza, em sua trajetória, além de diversos outros prêmios, mais de uma dezena de filmes, 17 trabalhos na televisão e 14 peças de teatro, entre elas “Uma relação pornográfica”, do iraniano Philippe Blasband e direção de Victor Garcia Peralta; os solos “Tudo que eu queria te dizer”, com textos de Martha Medeiros com direção de Victor Garcia Peralta e “Um Pai (puzzle)”, sobre livro de Sybille Lacan e direção de Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia; “As Três Irmãs”, de Tchekhov e direção de Bia Lessa; “Fala baixo, senão eu grito”, de Leilah Assunção e direção de Paulo de Moraes; “O Leitor por horas”, do espanhol José Sanchis Sinisterra e direção de Christiane Jatahy; “A memória da água”, da inglesa Shelagh Stephenson e direção de Felipe Hirsch, entre outras tantas produções. Atualmente está no ar na novela das 21h, “O Sétimo Guardião”, de Aguinaldo Silva, na TV Globo.

SOBRE JOÃO FELIPPE: João Felippe, 31 anos, iniciou sua carreira musical como cavaquinista solo aos 8 anos de idade. Em 1996, aos 10 anos, foi premiado pela Ordem dos Músicos do Brasil com o título de O Mais Jovem Instrumentista do Estado do Rio de Janeiro. Em 2001, aos quinze anos, recebeu o prêmio de Personalidade do Ano, como Revelação nas Artes e foi parte da turma de Harmonia e Improvisação do guitarrista Victor Biglione, que lhe concedeu a honra de se apresentar ao lado de Yamandú Costa, em um dos Festivais de Inverno de Petrópolis, RJ. João Felippe já se apresentou ao lado de nomes como Yamandú Costa, Armandinho Macedo, Moraes Moreira, Diogo Nogueira, Lan Lanh, Luiz Brasil, Martnália, Carlos Malta, Dadi, Márcio Mello, Pretinho da Serrinha e Rodrigo Sha, entre outros.

FICHA TÉCNICA:
Voz, piano e violão: Leila Pinheiro
Direção artística e roteiro: Ana Beatriz Nogueira
Direção musical: Leila Pinheiro
Músico convidado: João Felippe (cavaco de 5 cordas) 
Desenho de luz: Aurélio de Simoni
Engenheiro de Som: Márcio Reis
Figurinista: Carla Garan
Direção de Produção: Silvia Rezende
Realização: Trocadilhos 1000

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